O mercado segue em cautela com a crise bancária nos Estados Unidos. O colapso do Silicon Valley Bank, que desencadeou preocupações com o setor bancário norte-americano, pode influenciar a decisão de juros do Banco Central dos Estados Unidos em reunião nos dias 21 e 22 de março. Se a taxa americana se mantiver, ou subir menos do que o esperado, poderá beneficiar o real pelo movimento de carry trade.
Os dados de Preços ao Consumidor nos EUA embora dentro das expectativas, continuaram pressionados, endossando questionamentos sobre se o nível atual dos juros conseguirá trazer a inflação para a meta do Fed, de 2%. O dólar à vista fechou o dia de ontem cotado a R$ 5,2577 para venda.
Por aqui, o mercado está em compasso de espera do novo arcabouço fiscal, que pode trazer fôlego para o real. O ministro da Casa Civil, Rui Costa, afirmou que a Junta Orçamentária deve se reunir ainda esta semana para iniciar a análise de proposta do governo para o novo arcabouço fiscal. A junta é formada pelos ministros da Casa Civil, Fazenda, Planejamento e Gestão e outros integrantes da equipe econômica.
A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado aprovou convite para o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, falar em 4 de abril sobre o nível da taxa de juros no país, em meio a críticas do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à conduta da política monetária. O BC afirmou que não há previsão de comentar o convite aprovado pela CAE. O presidente do BC já é obrigado, por lei, a comparecer semestralmente ao Senado para apresentar os relatórios de inflação e de estabilidade financeira da autarquia e prestar explicações sobre as decisões tomadas.
A ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) mostrou que o BC avalia que a revisão do arcabouço fiscal do país diminui a visibilidade sobre as contas públicas e impacta as expectativas de inflação.
Para hoje, o calendário econômico na Zona do Euro trará a Produção Industrial. Nos EUA, o IPP e Vendas no Varejo.
Bons negócios a todos!