A divisa norte-americana teve um dia de desvalorização ante diversas moedas emergentes, em especial àquelas mais ligadas às commodities, reflexo de uma procura por risco por parte dos investidores no mercado internacional. Também investidores realizavam lucros depois da forte alta recente do dólar. O dólar à vista fechou em queda de 1,24%, a R$5,6684. A moeda brasileira dividiu com o peso chileno o posto de divisa com melhor desempenho na sessão.
Pela manhã, a cotação chegou a subir 0,08%, para 5,7442 reais, logo depois da abertura. A moeda alterou momentos de fôlego e depreciação posteriormente, mas já perto da abertura dos mercados em Nova York, quase no fim da manhã, firmou queda, até pouco antes das 16h30 marcar 5,6617 reais, baixa de 1,35% e mínima do dia.
O índice DXY, que mede o dólar ante seis rivais, recuou ontem 0,43%, a 96,076.
Dados divulgados ontem: o índice de confiança do consumidor americano, que subiu de 111,9 em novembro para 115,8 em dezembro, acima da previsão de analistas, que projetavam 110,0. Outro dado que superou previsões foi o PIB dos EUA, que registrou crescimento de 2,3% no terceiro trimestre de 2021, acima da leitura anterior de 2,1%.
As condições de mercado voláteis podem continuar à medida que avançamos para as semanas menos líquidas do ano.
Em meio à menor liquidez, o Banco Central proveu dólares ao mercado. A autoridade monetária vendeu o lote integral ofertado de 700 milhões de dólares em swaps cambiais "novos" e, posteriormente, adiou o vencimento de 731 milhões de dólares nesses derivativos.
Devemos considerar que a disseminação da variante ômicron do coronavírus é uma fonte de incerteza no curto prazo, embora menos letal do que as variantes anteriores.
Cada dia uma novidade. Na verdade, nada mudou de fato para que o mercado acredite numa tendência de queda. Ainda mais com ano eleitoral em 2022. O que é certo é a volatilidade e períodos de realização de posições e menor liquidez neste período.