Como tenho dito por aqui, quando a política fica quieta, a nossa moeda pode seguir fundamentos e se valorizar. E ontem, não foi diferente. O dólar à vista fechou o dia cotado a R$ 5,1363 para venda. Houve maior busca por ativos de riscos, e cá entre nós, nosso diferencial de juros ajuda bem.
A revisão do Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA, para uma taxa anualizada de 2,7% no último trimestre do ano passado, favoreceu o movimento de baixa do dólar. Com o resultado mais baixo que o esperado (mercado projetava 2,9%), a percepção foi de que haveria menos espaço para juros mais altos nos EUA.
Por aqui, no final do dia de ontem veio a notícia de que a equipe econômica sinalizou que o governo irá voltar a cobrar os impostos federais sobre combustíveis em março. A medida provisória que desonera PIS e Cofins sobre a gasolina e o álcool, editada no governo Bolsonaro e prorrogada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, termina no dia 28 de fevereiro. Ainda na cena local, a arrecadação do governo federal teve alta real de 1,14% em janeiro sobre igual mês do ano passado, a 251,745 bilhões de reais, divulgou a Receita Federal nesta quinta-feira. O resultado ficou acima da expectativa e marcou o melhor desempenho arrecadatório para meses de janeiro desde 1995. Esses dados são uma surpresa positiva em meio a temores persistentes de investidores sobre a responsabilidade fiscal do governo Lula.
E para hoje no calendário econômico veremos aqui no Brasil o IPCA-15 e a Confiança do Consumidor. Nos EUA, o PCE, vendas de casas novas e também Confiança do Consumidor. Além disso, teremos discurso de Mester, membro do Fomc.
Bom final de semana, galera, e força, realzinho!