O real continua sendo a moeda emergente relevante mais volátil.
Segundo o boletim focus de ontem, a expectativa do mercado para a cotação do dólar é de R$ 5,63 para o final deste ano. Para o fim de 2022, a previsão é de que a moeda americana também fique em R$ 5,60.
No Brasil, a última semana do ano reserva dados fiscais, que na margem devem vir melhor que o esperado, mas ao mesmo tempo com uma perspectiva fiscal muito ruim para o futuro.
A inflação elevada e o enfraquecimento do regime fiscal vão obrigar o Banco Central (BC) a puxar a taxa básica de juros acima de neutro durante todo o ano de 2022. Se, a princípio, os juros mais altos poderiam levar a conter a moeda, por outro lado, inibem o crescimento. Além disso, está no radar a política monetária do Federal Reserve (Fed) e a antecipação da elevação dos juros nos EUA, que tende a pressionar a taxa do dólar para cima.
Com a baixa liquidez e dados favoráveis na economia americana, o dólar caiu 0,43% e fechou cotado a R$ 5,6393 na venda. Pela manhã chegou a subir 0,78%, batendo R$ 5,7073.
Essa semana tem agenda mais vazia e o mercado está fazendo zeragem de posições cambiais de fim de ano.
A disputa técnica em torno da formação da última Ptax do ano, na quinta-feira, deve trazer volatilidade para o mercado.
Hoje teremos a taxa de desemprego no Brasil e nos EUA a confiança do consumidor.