Ontem um investidor - profissional do mercado financeiro - amigo e cliente de longa data me fez essa pergunta.
Conversávamos sobre a estrutura da carteira atual, e a possibilidade do Dólar como alternativa nos níveis atuais.
A moeda americana atingiu seu pico em 22 de Outubro/21 - cotada a R$ 5,87 - e desde então, cedeu para R$ 5,49 (fechamento de ontem). Uma desvalorização de 6,5%.
Quando analisamos as principais explicações para os resultados mais recentes, chega-se fácil à conclusão de que a estratégia de moedas foi detratora de resultado para a grande maioria dos gestores brasileiros. A dificuldade de prever o preço da moeda, ou pelo menos, o preço justo tem dificultado a vida dos gestores e economistas.
Simplificando o câmbio, existem pilares que poderiam explicar o comportamento dos preços, tais como: a) fundamentos econômicos; b) posicionamento dos agentes; c) expectativas futuras. Reconhecendo a complexidade dessas variáveis, e tratando-se de Brasil, podemos somar outras variáveis como: solução de hedge para países emergentes, prêmio de risco, tendência, entre outros.
Como pessoa e profissional, procuro disseminar o poder da diversificação e necessidade de exposição a moeda para todos os investidores, de forma a dolarizar parte do patrimônio. Com a evolução do mercado nos últimos anos, existem veículos interessantes: fundos de investimentos com exposição cambial, fundo cambial diretamente ligado ao dólar e estruturas em mercado futuro.
Acreditamos que próximo dos níveis atuais, abaixo da região US$/R$ 5,40/5,50, oferecem uma janela de entrada para alguma dessas estratégias em dólar. (Objetivo nao é trading, e sim alocação).
Lembrando que o fator preponderante na alocação é o nível de exposição adequada à cada investidor.
Boa semana.