Os investidores realizaram lucros após a moeda americana registrar fortes perdas na última sessão do ano passado. Com isso, o dólar terminou o primeiro dia útil de 2022 cotado a R$ 5,6646, registrando alta de 1,63%. Além disso, após o Réveillon, mercado está monitorando os casos da variante ômicron do coronavírus. Aparentemente, esta cepa é menos letal, porém bastante contagiosa.
Apesar da melhora em dados fiscais recentes, com o setor público consolidado brasileiro registrando superávit primário maior do que o esperado em novembro, existe uma grande fragilidade fiscal, no que diz respeito às pressões por mais gastos permanentes neste ano eleitoral. Esse tema deve nos perseguir no decorrer do ano.
O mercado financeiro diminuiu novamente a previsão para o crescimento da economia brasileira em 2022. As projeções constam do primeiro boletim Focus de 2022. PIB foi de de 0,36% ante 0,42% estimado no boletim anterior. A estimativa de inflação ficou em 5,03%, a mesma da semana passada. A previsão para a taxa básica de juros ao final de 2022 ficou em 11,50% no ano, a mesma da semana anterior. A estimativa para a cotação do dólar em 2022 ficou em R$ 5,60, a mesma do boletim anterior.
O Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) encerrou 2021 com alta de 0,57% em dezembro e acumulou no ano avanço de 9,34%.
A atividade industrial da zona do euro continuou mostrando resiliência no final de 2021 uma vez que a fábricas aproveitaram um alívio nos gargalos das cadeias de oferta e estocaram matérias-primas a um ritmo recorde, mostrou a pesquisa Índice de Gerentes de Compras (PMI). O PMI ficou em 58,0 em dezembro, confortavelmente acima da marca de 50 que separa crescimento de contração.
Hoje teremos, nos EUA, ofertas de emprego de novembro e PMI industrial de dezembro. Amanhã serão conhecidos o PMI composto da zona do euro referente a dezembro, a variação de emprego privado de dezembro e a ata da última reunião do Fomc nos EUA. Essa sim merece atenção para vermos as diretrizes da política monetária americana.