Bom dia, mercado do câmbio. E lá vamos nós para o último pregão da semana. Ontem o dólar à vista fechou o dia cotado a R$ 4,9073 para venda, segundo informado pela Getmoney.
Hoje quem vai “falar mais alto” para nós é o Payroll, relatório de empregos dos EUA, e o queridinho do Fed para balizar apostas de taxas de juros. O mercado financeiro aposta em cortes nas taxas do Fed, mas as autoridades de política monetária norte-americana avisaram na Ata que estão de olho em dados, pois consideram o cenário futuro ainda incerto. Nem eles sabem por quanto tempo precisarão manter a taxa de juros na atual faixa de 5,25% a 5,50% para garantir que a inflação retorne à meta de 2%.
Por aqui a nossa balança comercial “bombou” em 2023. Ontem o Brasil divulgou o fluxo cambial, que embora tenha ficado negativo em dezembro mostrou que, no ano passado, tivemos a maior entrada líquida de dólares em 11 anos, no total de US$11,431 bi.
Devido às férias da “galera” da política, estamos com o ambiente interno mais calmo e o que está fazendo preço é o exterior.
Agora é acompanhar como virão os números do Payroll, se vierem mais alto do que o esperado pelo mercado, ponto para o dólar; se vierem abaixo das expectativas, daí ponto para o real. Quanto aos cortes de juros nos EUA, quanto antes começarem pior para o dólar, se mantiverem alto veremos o dólar mais forte. O capital migra para onde pagam retornos melhores e, por aqui, ainda que tenhamos dois cortes de 0,5 pp no radar, já anunciados pelo presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, ainda somos um país com ótimo retorno de juros.
No calendário econômico para hoje vamos acompanhar na zona do euro o IPP de novembro e o IPC de dezembro. Nos EUA, o Payroll sairá às 10h30, depois sairá o PMI de dezembro de não-manufaturados e teremos discurso de Barkin, membro do Fomc, à tarde. No Brasil, o superávit orçamentário e a produção industrial de novembro, e o IGP-DI e balança comercial de dezembro.
Bons negócios a todos, muito lucro, e um excelente final de semana.