Bom dia e boa nova semana de oportunidades, queridos leitores do mercado do câmbio. O dólar à vista fechou a semana passada cotado a R$ 6.0766 para venda, conforme informado pela mesa de Getmoney corretora -- e renovando recorde de alta.
Receios de como será a versão final do pacote de corte de gastos após passar pelo Congresso e o Payroll (relatório de empregos), nos EUA, que veio mais forte do que o mercado tinha projetado, deram aquela forçada na taxa de câmbio. Nos EUA, o mercado está divido quanto ao próximo movimento do Fed em relação a juros. Podem cortar em 0,25% ou pausar os cortes. Mas o certo é que esse ritmo de cortes será mais lento. Já por aqui, teremos decisão de juros na quarta-feira após mercado já estar fechado.
Com essa maravilha de taxa de câmbio, não vai ter muita saída para o colegiado a não ser aumentar bem a nossa Selic. Se quiserem, podem opinar aí nos comentários, mas na quarta a gente brinca de vocês colocarem a nova taxa ou a magnitude da nova alta. A dúvida é se a nova Selic será 12% ou 12,25%. O comunicado do Copom deve vir num tom hawkish, afinal esse arcabouço fiscal está parecendo uma lenda. Pelo arcabouço o aumento dos gastos públicos deve ficar entre 0,6% e 2,5% acima da inflação, mas o Orçamento está comprometido em quase 90%, ou seja, não dá pra cortar, o que nos leva a crer que os gastos obrigatórios devem ficar acima dos limites do arcabouço. Espero estar errada, mas gastar e falar que está fazendo pelos pobres é o lema deste governo.
Essa semana teremos diversos indicadores econômicos que podem influenciar nosso mercado, o que significa que sugiro a vocês acompanharem o calendário econômico que eu coloco aqui diariamente.
No calendário econômico de hoje teremos na zona do euro, antes do mercado abrir, a confiança do investidor de dezembro. No Brasil, olho no Boletim Focus (8:25 hrs) e na projeção da taxa de juros para 2025 e 2026. Nos EUA, acompanharemos a expectativa de inflação ao consumidor (11:00 hrs).
Bons negócios a todos e muito lucro!