Boa semana e ótimo dia, mercado do câmbio! E lá vamos nós para mais uma semana contextualizando o cenário macroeconômico para vocês tomarem as melhores decisões quanto ao dólar. O dólar à vista fechou a semana passada cotado a R$ 4,998, segundo os operadores da Getmoney.
O fato é que os players preferiram se posicionar na defensiva antes da Super Quarta, que será essa semana, dia no qual teremos a decisão de juros nos EUA, durante o pregão, e aqui no Brasil, após o fechamento dos negócios. O que estamos observando é que, apesar da taxa de câmbio ter batido R$ 5,00, está muito difícil de se segurar acima desse patamar. A economia brasileira tem mostrado indicadores bons, que ajudam na resistência do real. Mas, ainda assim, o brasileiro é “‘macaco velho” de governo Lula, e então conhece o estilão de gastar mais. Fica o receio na questão fiscal, e sempre tem um ingrediente novo na salada agora, o imbróglio dos dividendos da Petrobras (BVMF:PETR4).
Nosso mercado deve ficar operando até quarta-feira na expectativa e na defensiva. Mas, como não deve acontecer nada de novo neste sentido, após as divulgações de juros a coisa se acomoda. Para quarta o certo é que os juros na economia norte-americana ficarão como estão atualmente, ou seja, na faixa entre 5,25% e 5,50%. O mercado vai acompanhar de perto o tom do comunicado após a divulgação da taxa e as projeções dos dirigentes do Fed para inflação e trajetória dos juros.
Aqui no Brasil, teremos provavelmente o corte de 0,5 ponto percentual, que fará com que a Selic vá de 11,25% para 10,75% ao ano. E ao comunicado será dada especial atenção sobre seguirem cortes da mesma magnitude na próxima reunião ou nas próximas reuniões. Isso fará com que alinhemos a expectativa de juros futuros por aqui.
Amanhã haverá decisão de juros na China. E hoje não sairá o Boletim Focus, com as projeções do mercado financeiro para os principais índices, pois o Banco Central continua em operação padrão e atrasará a divulgação de alguns indicadores.
No calendário econômico para hoje, teremos na Zona do Euro o IPC de fevereiro. Aqui no Brasil, acompanharemos o IBC-Br, considerado uma prévia do PIB, e o IGP-10 de março. Nos EUA agenda vazia pelo silêncio pré-decisão de juros.
Bons negócios a todos e muito lucro!