Bom dia, mercado do câmbio! Ontem o dólar à vista para venda fechou o dia cotado a R$ 5,2686, conforme informado pela Getmoney.
Na China, o PIB cresceu 5,3% entre janeiro e março em relação ao ano anterior. Apesar desse dado acima das expectativas do mercado, outros indicadores como investimento imobiliário, vendas no varejo e produção industrial vieram fracos em março, demonstrando que está difícil a economia crescer por lá.
Aqui no Brasil, seguem os temores com relação ao fiscal. E digo mais para vocês, com esse dólar tão alto nossa Selic não poderá ser cortada em 0,5 ponto percentual na próxima reunião, já podem esperar 0,25%. Aqui cortando juros e á fora mantendo, como eu tenho dito, é ponto para o dólar.
Todos os discursos de líderes do Fed ontem foram na mesma linha, inclusive o de Jerome Powell, chair do Fed, dizendo que a inflação nos EUA está mais forte do que o esperado e os últimos dados demonstram que não chegou a hora do início do corte de juros.
Pois então, os fatos citados acima desenharam a tempestade perfeita para o mercado de câmbio. O mercado, que já estava no “mode” aversão ao risco, piorou de vez. Os bancos dos EUA mudaram as apostas de início de cortes para setembro ou até dezembro. Isso fez os treasuries dispararem e o dólar também, obviamente.
Agora o novo normal é uma taxa de câmbio mais alta. Resta saber quão alta. Porque todos os ingredientes são para justificar isso, e se o mundo não ajudar, com China e seus problemas, escalada na guerra do Oriente Médio, guerra na Ucrânia, etc, daí a coisa só piora, como vimos ontem.
Para hoje, no calendário econômico vamos ter na Zona do Euro, IPC de março, discurso de Schnabel e de Christine Lagarde, ambos do BCE. Por aqui sairá a prévia do PIB, o IBC-Br de fevereiro, e o fluxo cambial estrangeiro. Nos EUA, acompanharemos o livro Bege e mais discursos de membros do Fomc, Mester e Bowman, mas apenas após fechamento do mercado.
Bons negócios a todos e muito lucro. Aliás, muita calma nessa hora também.