Bom dia, mercado do câmbio! O dólar à vista fechou o dia de ontem contado a R$ 5,1835 para venda, conforme informado pelos operadores da mesa de câmbio da Getmoney. Tá fácil, né ? Na máxima chegou a R$ 5,2089. Sendo que R$ 5,20 é um patamar que, quando rompido, ativa um gatilho nos fundos para venda de posição.
Agora parece que o mercado acionou o botão do pânico. Isso se deu ontem, principalmente, devido à alta bem acima do projetado nas vendas do varejo dos Estados Unidos de março. Com isso, cresceu a probabilidade de não haver corte de juros por lá no curto prazo. Portanto, o dólar deve sustentar ganhos frente ao real. O cenário atual é de crescente tensão no Oriente Médio, o que também colaborou para a valorização do dólar, e com possibilidade de resposta de Israel aos mísseis lançados pelo Irã no fim de semana.
Será necessário para nós do mercado acompanhar de perto os discursos dos membros do Fed e Fomc, para catalizar as apostas sobre a trajetória de juros norte-americanos. Mas é óbvio que todos dirão que não podem cortar juros por enquanto. Resta saber se darão pistas sobre a taxa alvo e sobre se vão haver cortes nos juros por lá, quantos e quando.
Para pensar, os juros aqui serão cortados, ainda que em doses menores, portanto isso jogará contra o real pelo diferencial de juros. Já na esfera fiscal, aqui no Brasil, o projeto da LDO de 2025 traz um compromisso do governo de alcançar déficit zero para 2024 e 2025. Na prática, a mudança atrasa o processo de estabilização da dívida pública. Isso porque, na verdade, anteriormente era previsto superávit de 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB) no próximo ano.
Para hoje no calendário econômico aqui no Brasil sairá o IGP-10, índice de inflação de abril. Já na Zona do Euro, a balança comercial de fevereiro. Nos EUA, veremos as construções de casas novas e a produção industrial de março. Além disso, temos dois discursos para acompanhar, de Jefferson e Powell, ambos do Fed, e de Williams e Barkin, do Fomc.
Bons negócios e muito lucro a todos.