Bom dia, mercado do câmbio. O dólar à vista fechou o dia ontem cotado a R$ 5,151 para venda, conforme informado pela mesa da Getmoney. Pois é, o dia foi de atenção em cima do Boletim Focus (subiram as estimativas para a inflação deste e do próximo ano) e expectativas com relação as explicações da Ata do Copom e ao discurso de Jerome Powell, que ocorrerá hoje.
Agora cedo sairá a Ata, antes da abertura dos negócios, na qual o mercado espera entender o racha da decisão de corte de 0,25% na Selic da semana passada. Nossa atual taxa de juros está em 10,50% ao ano, e a votação foi 5 a 4, com os quatro diretores indicados pelo governo atual defendendo a manutenção do ritmo de corte de 0,50 ponto, e os outros (que ganharam o embate com voto decisivo do presidente do BC, Roberto Campos Neto) o corte de 0,25%.
O que precisa ser visto com atenção, é a justificativa para essa visão. O grande problema é o viés político, e o que vai acontecer quando os eleitos pelo governo Lula forem maioria no colegiado que toma essas decisões e o perigo que isso representa para o futuro da política monetária brasileira. Vamos ver a interpretação do mercado.
Quanto ao discurso de Powell, vamos acompanhar se muda alguma coisa na precificação do mercado, que vê o início do ciclo de cortes em setembro nos EUA.
Esses dois assuntos devem mexer com os ânimos do mercado e teremos o câmbio reagindo a ambos. Além disso, os dados de inflação dos EUA tambem podem moldar as apostas sobre os cortes de juros no país.
No calendário econômico de hoje teremos aqui no Brasil a Ata do Copom e o crescimento do setor de serviços de março. Na Europa, pronunciamento de Schnabel, do BCE. Nos EUA, teremos o IPP (índice de preços ao produtor) de abril, importante indicador de inflação, e os discurso de Cook, governador do Fed, e de Jerome Powell, chair do Fed.
Bons negócios a todos e muito lucro.