Pessoal, nesta semana o foco será a ata da última reunião de política monetária brasileira, no qual veremos quais as intenções do Banco Central quanto ao ritmo de aumento da nossa taxa de juros. Essa ata sairá amanhã. Na última decisão (quarta-feira passada), a taxa Selic subiu 0,5% e foi para 13,25% ao ano. Também amanhã os servidores do Banco Central decidirão se mantêm ou não a greve. Vários indicadores que não saem devido a esta greve estão previstos para esta semana, como, por exemplo, o fluxo cambial.
O mercado também deve se atentar a dados de inflação daqui do nosso país que saem hoje e no decorrer desta semana.
Olhando para o exterior, nos EUA hoje é feriado e as bolsas não abrem, portanto veremos uma liquidez menor no câmbio por aqui. Amanhã o presidente do Fed, Jerome Powell falará ao Senado americano. E no decorrer da semana outros dirigentes do Banco falam por lá. Essas falas devem justificar o porquê do aumento de 0,75% na taxa de juros americana, a maior dos últimos 28 anos.
Na Europa, hoje teremos fala do dirigente do Banco Central inglês e dados de inflação na Alemanha.
Vamos continuar monitorando a guerra na Ucrânia e o surto de Covid na China. Também a derrocada das bitcoins e nossa bolsa, que perdeu os 100 mil pontos.
Na semana passada, o reajuste nos combustíveis pela Petrobras (SA:PETR4), uma perspectiva de aperto monetário duro nos Estados Unidos e sinais da China que esfriaram as commodities deram o tom no mercado. E a semana fechou com o dólar subindo 3,12% na semana e de 8,24% no mês.
A aposta no ciclo aquecido de commodities, que vinha descolando a moeda brasileira das tensões externas nos últimos meses, perdeu ímpeto na semana passada após incertezas sobre a produção industrial chinesa.
E vamos ver se vai ocorrer mesmo a ameaça do nosso presidente de abrir CPI hoje sobre o aumento sucessivo de preços na Petrobras. Bons negócios a todos.