Bom dia, queridos leitores que acompanham aqui a abertura do mercado do câmbio. O dólar à vista fechou o dia de ontem cotado a R$ 5,5565 para venda, conforme informado pela Getmoney corretora.
A fala de Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central brasileiro, seguiu na direção de que a alta de juros está realmente na mesa. O mercado, que pareceu esperançoso com o IPCA abaixo do esperado da véspera, já revisou a esperança. Ele disse que há uma desancoragem adicional recente nas expectativas de inflação e que o BC fará o que for preciso para atingir a meta. Ele ainda alertou sobre a dinâmica fiscal. Apesar da receita estar boa, as despesas têm subido acima da receita. Atualmente a taxa de juros por aqui está em 10,5% ao ano. Além disso tudo, o dólar alto também impulsiona a inflação.
Os mercados também continuam operando na expectativa do inicio do corte de juros dos EUA em setembro, com uma chance de 65% de um corte de 25 pp nos juros e uma probabilidade de 35% de uma redução de 50 pp. Um bom guidance para essas apostas será o PCE que vai sair amanhã. Esse índice é o queridinho do Fed para tomada de decisão.
Por aqui, o governo Lula confirmou a indicação de Gabriel Galípolo para a presidência do Banco Central. Essa indicação colocou prêmio na curva de juros e ajudou na alta do dólar. Mas calma, galera, já sabemos que aqui sobe muito e também cai muito, é só ter paciência e esperar a hora certa de entrar e sair dessa brincadeira de câmbio.
Well, além dos dados de hoje, teremos amanhã a nossa já conhecida Ptax de fechamento de mês, e a volatilidade é garantida devido à briga entre comprados e vendidos em dólar. Agora não tirem do radar o carry trade. Quando o juros nos EUA cair e aqui mantiver ou subir a nossa Selic, o fluxo de capital para o Brasil vai vir pelo diferencial de juros e tudo leva a crer que o dólar caírá.
No calendário econômico para hoje vamos acompanhar na Zona do Euro, antes do mercado abrir, as expectativas de inflação ao consumidor, confiança das empresas de serviço, industrial e consumidores, além de pronunciamento de Lane, do BCE. Por aqui, IGP-M de agosto (8:00 hrs) e IPP de julho (9:00 hrs). Nos EUA, o PIB do segundo trimestre e pedidos por seguro-desemprego (9:30 hrs), além de discurso de Bostic, do Fomc (16:30 hrs).
Bons negócios a todos e muito lucro.