Bom dia, mercado do câmbio. O dólar à vista fechou o dia de ontem cotado a R$ 5,1303 para venda, conforme informado pelos operadores da Getmoney.
A queda nos treasuries e a projeção de uma taxa de juros mais alta por aqui deram suporte ao real.
A ata da última reunião de política monetária do BC, que decidiu por cortar a nossa taxa de juros em 0,25% e não deu direção para os próximos passos na política monetária, na minha visão dificulta ao mercado fazer previsões futuras quanto as decisões do Copom, pois não deixa claro qual a visão da maioria dos membros para junho nem quais os pontos que os membros do comitê consideram mais importantes na tomada de decisão.
O dólar caiu ontem pois a Ata mostrou que todos os membros da diretoria do BC defendem uma política monetária mais contracionista e mais cautelosa, apesar da decisão ter sido dividida sobre o ritmo de corte da Selic. Isso tirou um pouco da tensão do mercado sobre o viés político da decisão. Para mim, particularmente, não mudou nada, principalmente porque num futuro próximo a maioria dos membros do colégio será eleito pelo atual governo.
Quanto ao discurso que Jerome Powell, chair do Fed, fez em Amsterdã, ele disse que é mais provável que os juros permaneçam onde estão, em uma faixa de 5,25% a 5,50% ao ano, por mais tempo do que o esperado anteriormente do que haver aumento ou corte de juros nos EUA por enquanto. Ontem, ainda saíram os dados de inflação ao produtor por lá, que vieram mistos (subiram acima do esperado em abril, mas os números do mês anterior foram revisados para baixo).
No calendário econômico para hoje vamos acompanhar na Zona do Euro o PIB e a variação do emprego trimestral. Por lá, sim, os juros provavelmente iniciarão o ciclo de corte em junho. Aqui no Brasil sairá o IBC-Br de março e o fluxo cambial estrangeiro. Nos EUA, as vendas no varejo e o IPC de abril, que pode confirmar ou não as apostas na manutenção da taxa de juros por lá, além da atividade industrial de maio pelo índice Empire State. Também acompanharemos discurso de Barr, do Fed, e de Kashkari e Bowman, membros do Fomc.
Bons negócios e muito lucro a todos.