Vamos finalizar a semana no mercado do câmbio, pessoal. O dólar a vista novamente subiu bem e fechou a quinta-feira cotado a R$ 5,7364 para venda, conforme informado pela Getmoney.
Rompeu uma barreira psicológica importante dos R$ 5,70. Quando isso acontece, são acionadas ordens automáticas de venda (realização de lucro). O que “está pegando” é a incerteza quanto as contas públicas e a falta de compromisso deste governo com o fiscal. Precisa cortar gastos e cumprir a meta de déficit zero, mas isso parece cada vez mais longe na realidade atual.
Tivemos a decisão de juros do Copom de manter a taxa Selic por aqui em 10,5% ao ano, por unanimidade, passando uma mensagem de que precisa haver cautela na política monetária devido à situação fiscal do país. O colegiado não deu sinais sobre os próximos passos na condução da taxa de juros. Obviamente também existem os fatores externos, como a escalada da guerra no Oriente Médio, que acionou o botão de aversão ao risco e isso favorece o dólar.
Para completar o dia de ontem, o PMI industrial da China caiu para baixo de 50, o que significa contração e preocupa os mercados quanto à saúde da economia chinesa. Está fácil para o Brasil, ein? Só que não. O real tem sido a moeda mais penalizada. Nossa moeda paga a conta seja com relação ao exterior ou ao cenário doméstico.
Só que hoje mercado deve se balizar no Payroll, apesar de ontem o mercado ter ficado com um pé atrás pelos números dos PMIs nos EUA, que demonstraram contração e pela alta nos pedidos por seguro-desemprego na semana, hoje precisamos analisar como será o relatório de empregos para termos um norte para o câmbio.
No calendário econômico para hoje vamos ter aqui no Brasil a produção industrial de junho (9h00) e a receita tributária federal de junho (12h30). Nos EUA acompanharemos o Payroll de julho (9h30).
Bons negócios a todos, muito lucro e um final de semana abençoado.