Bom dia, mercado do câmbio. O dólar à vista fechou o dia de ontem cotado a R$ 6,08225 para venda, conforme informado pela mesa da corretora Getmoney, renovando máxima histórica.
Nem as notícias sobre a China referentes à mudança na política monetária, com estímulos fiscais e monetários prometidos para 2025, ajudaram a taxa de câmbio do dólar ontem. Como a China é o grande comprador de commodities, o preço subiu.
O que está falando mais alto no câmbio é realmente o pacote de corte de gastos. O avanço do pacote fiscal na Câmara dos Deputados ficou travado com a decisão do ministro Flávio Dino, do STF, que impôs condições para o pagamento de emendas parlamentares. Em duas semanas haverá o recesso, o que significa que se este pacote não passar logo mais ficará para 2025.
Hoje sairá o IPCA de novembro e amanhã teremos a decisão do Copom, após fechamento do mercado. Certeza que haverá alta na taxa de juros. Apostas são de 0,75% ou de 1%… vamos aguardar. No boletim Focus de ontem as projeções para o IPCA, assim como para a Selic, subiram para 2024, 25 e 26.
O que está estranho nisso tudo é que o carry trade (pegar dinheiro a uma taxa de juros em um país - EUA - e aplicá-lo em outro onde as taxas de juros são maiores - Brasil) não está impactando na taxa do dólar. A Selic vai subir bem, a taxa de juros norte-americana vai ser cortada em 0,25% ou se manter na faixa atual entre 4.75% e 4,5%, e nada do real se valorizar. Pois é, esse fiscal está mesmo tirando a credibilidade do Brasil.
O calendário econômico para hoje está vazio nos EUA e na zona do euro. Por aqui, vamos acompanhar somente o IPCA de novembro (9:00 hrs).
Bons negócios a todos e muito lucro!