O Federal Reserve, banco central dos EUA, prometeu que não aumentará a taxa de juros até que a economia volte ao pleno emprego e que a inflação chegue a 2% e suba acima desse nível, mas suas autoridades já começaram a reconhecer que estão mais próximas de um debate sobre quando retirar parte de seu nível de apoio.
A posição atual dos juros norte-americanos, em patamares próximos a zero, tende a favorecer ativos de países emergentes, uma vez que os operadores vão buscar retornos mais altos fora dos mercados dos EUA.
Na Europa a situação é a seguinte: Os governos da zona do euro devem conter os gastos públicos após a pandemia para evitar um conflito com a política monetária
No Brasil, por outro lado, a expectativa é de aumento da taxa de juros pelo Banco Central, com isso apreciação do real. Além disso, o Banco Central (BC) afirmou que no curto prazo uma série de estímulos devem sustentar a retomada da atividade econômica em âmbito nacional. A afirmação é referente ao primeiro trimestre, divulgado nesta quinta-feira. Houve inclusive a aprovação na Câmara do texto base da MP que eleva o salário mínimo para R$ 1.100,00 a partir de 1 de janeiro.
A queda dólar reflete sinais de melhora gradual da economia doméstica, além de se perceber entrada de recursos de exportadores no mercado físico, em meio ao rali nos preços das commodities. O dólar caiu mais de 1% nesta quinta feira voltando a um patamar mais condizente com a realidade após a última subida de juros por aqui. Maio tem sido um mês de valorização do real. Se os dados daqui do Brasil continuarem positivos, aumento do PIB, as reformas caminharem bem, daí sim teremos de fato um real mais forte. Mas não deixemos de lado a questão dos números de casos de covid-19, assim como o desenrolar da CPI, que pode impactar nessa apreciação da nossa moeda.
Atenção hoje esta para os dados de inflação nos Estados Unidos, que podem mexer com expectativas do mercado sobre redução de estímulos no país.