Hoje é feriado do Dia de Ação de Graças nos Estados Unidos e parece que a economia por lá está em uma boa recuperação. O número de norte-americanos que entraram com novos pedidos por auxílio-desemprego caiu, apontando para firmeza sustentada da economia em um ano marcado por escassez e por uma pandemia sem previsão de término. Os gastos do consumidor parecem ter recuperado a velocidade em outubro, com as vendas no varejo disparando no mês passado. O PIB avançou 2,1% no terceiro trimestre por lá.
Hoje provavelmente veremos a liquidez cair no mercado devido à ausência de negociações nos EUA.
Aqui no Brasil, o dia trará o IPCA-15 de novembro e contínuas discussões sobre a PEC dos Precatórios.
Ontem, o dólar abriu sem direção única, com viés de alta no contrato futuro de dezembro e de baixa no mercado à vista.
O líder do governo, o senador Fernando Bezerra (MDB-PE), protocolou o parecer da PEC dos Precatórios na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado. Foram feitas sete alterações ao texto. Ele ressaltou que o governo se recusa a mexer no dispositivo que altera a regra de cálculo do teto, abrindo um espaço fiscal para 2022, e no limite de pagamento de precatórios a partir do próximo ano. A CCJ adiou ontem a votação da PEC.
O cenário externo ontem era negativo em meio a uma piora das perspectivas para a atividade na Alemanha e na região em meio à quarta onda de covid no continente europeu.
A ata da última reunião de política monetária do Federal Reserve (Fed) divulgada ontem mostrou que podem acelerar a conclusão de seu programa de compra de títulos se a inflação alta se mantivesse e também a agir mais rapidamente para aumentar as taxas de juros. Todos os sinais apontam que a aceleração da redução das compras de títulos agora é algo a ser debatido na próxima reunião do Fed, em 14 e 15 de dezembro. Redução antecipada dos estímulos indicaria maior chance de a rentabilidade dos títulos emitidos pelos EUA aumentar, atraindo, assim, recursos que poderiam estar direcionados antes a ativos de mercados emergentes, como o Brasil.