Boa semana, turma! Hoje é o feriado de Independence Day nos EUA e, portanto, o mercado ficará fechado por lá.
A perda de fôlego da atividade na Europa e nos Estados Unidos, aliada ao aumento da percepção de risco fiscal com a tramitação da PEC dos Combustíveis no Congresso, tem feito o dólar subir por aqui nos últimos pregões.
A moeda norte americana rompeu uma importante barreira psicóloga de R$ 5,30 e fechou a semana passada cotada em R$ 5,3220 para venda.
A PEC dos Combustíveis foi o grande vilão do dia no final dos negócios. Na verdade, o mercado já estava precificando o aumento do Auxílio Brasil (de R$ 400 para R$ 600), a ampliação do vale gás e o voucher a caminhoneiros de R$ 1 mil mensais, só que foram incluídos no texto o "auxílio-taxista", com custo de R$ 2 bilhões, e a adição de R$ 500 milhões para o programa Alimenta Brasil, o que elevou a fatura extrateto de R$ 38,75 bilhões para R$ 41,25 bilhões. Daí já viu, né? Preocupações com o teto fiscal seguem afligindo o investidor.
No exterior, o mercado está contando com uma ação por parte do Fed mais rápida do que o Banco Central Europeu (BCE) no ajuste da política monetária. Muitos já estimam que a próxima alta de juros americana seja de 0,75% numa tentativa de controlar a inflação, mas o impacto sobre o consumo deve ser significativo.
A onda global de busca pelo dólar castiga todas as divisas emergentes. E, por aqui, adicionamos as eleições e o quadro fiscal a esta fuga de capital.
Como tenho dito aqui, incertezas e insegurança fazem o mercado buscar ativos seguros como o dólar. E em cenário pré-eleição isso costuma mesmo acontecer.
Para hoje o calendário está bem fraco e o mercado deve responder ao fluxo. Prevejo um pouco de realização da super alta de sexta-feira. Mas… depende das notícias políticas também, que podem adicionar instabilidade e prejudicar mais o real. E vocês?