Bom dia, mercado do câmbio! Ontem o dólar à vista fechou abaixo dos R$ 5,00, cotado a R$ 4,9912 para venda. O que falou mais alto foi o índice de preços para gastos de consumo pessoal (PCE) nos EUA. Esse índice mede a variação na tendência de compra e a inflação. Como veio em alta ligeiramente menor do que a expectativa do mercado, as taxas dos treasuries recuaram. O Fed leva esse dado muito em conta para tomada de decisão de política monetaria.
Ontem, o PIB atualizado dos EUA subiu 4,9% no terceiro trimestre, acima da projeção, porém não causou impacto na taxa cambial. Apesar do PIB acelerado dos EUA sugerir juros mais altos por mais tempo para segurar a inflação, o núcleo do PCE trouxe alívio para os treasuries. As encomendas de bens duráveis também subiram bem. Podemos concluir com isso que, provavelmente, não haverá recessão na economia norte-americana e poderemos ver um skip nas altas de juros por lá. Ou seja, os juros podem ser mantidos na próxima reunião na semana que vem.
Aqui no Brasil tivemos ontem um alívio no IPCA-15 e o avanço da pauta econômica com a aprovação da tributação dos fundos de alta renda. Tudo indica que teremos na Super-Quarta o corte de 0,5% na taxa Selic, conforme o Presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, tem anunciado. O que está pintando é queda de juros aqui e manutenção lá fora, uma diminuição de 0,5 pp no carry trade atual. Agora o que vamos ver é o quanto isso já está precificado na taxa de câmbio atual, afinal, isso tem sido a expectativa de mercado já há vários dias.
No calendário econômico para hoje, nos EUA temos confiança do consumidor e expectativas de inflação de Michigan de outubro. Por aqui, o fluxo cambial estrangeiro.
Bons negócios a todos e um excelente final de semana!