Hoje, o que vai direcionar o câmbio será o Payroll americano. Para entender o impacto desse dado no câmbio, atenção: os economistas estão projetando um crescimento de 180.000 para o relatório de folha de pagamento não-agrícola de maio, contra 253.000 de abril. Qualquer valor abaixo de 200.000 seria visto como negativo para o dólar.
Conforme previsto, o mercado ontem devolveu a super “puxada” que deu devido à Ptax do dia anterior. O dólar à vista fechou o dia cotado a R$ 5,0069. O otimismo do mercado veio após a aprovação na Câmara dos EUA do projeto de lei que suspende o teto da dívida de 31,4 trilhões de dólares. Mas muita calma nesta hora, ainda falta esse projeto ser de fato aprovado pelo Senado. A proposta precisa ser sancionada até 5 de junho a fim de evitar um calote catastrófico nos EUA.
Por aqui, notícia boa. O Produto Interno Bruto (PIB) do país cresceu 1,9% no primeiro trimestre na comparação com os três meses anteriores. Uma alta da atividade econômica puxada pelo agronegócio pode facilitar o trabalho do Banco Central no combate à inflação. Quanto à taxa de juros, vamos aguardar o que vai acontecer com nosso diferencial. Por ora, prevalecem as apostas de que a Selic, atualmente em 13,75% ao ano, comece a cair em setembro. Alguns, mais otimistas, já consideram agosto.
Já os juros dos EUA ainda estão indefinidos, se serão mantidos ou aumentados na próxima reunião. Uma pausa, não significa que isso será definitivo. Pode ser que não suba agora, mas aumentem os juros na próxima reunião de política monetária. Vamos acompanhando os dados para ter um cenário mais realista. Os números da indústria norte-americana, bem como do mercado de trabalho dos EUA, alimentaram expectativas de que o Federal Reserve pode adotar uma pausa no ciclo de aperto monetário.
E hoje tem Payroll. Esse dado é um dos mais importantes para decisões do Fed quanto à taxa de juros. O Fed identificou empregos descontrolados e crescimento salarial desde o pior surto de COVID-19, três anos atrás, como uma das principais razões para algumas das piores inflação dos EUA em 40 anos.
Para hoje no calendário econômico, temos no Brasil o IPC da FIPE e produção industrial. Nos EUA, o Payroll e a taxa de desemprego. Bons negócios a todos, muito lucro e ótimo final de semana!