Os mercados globais estão operando no risk off (fuga do risco) após novos dados da economia norte-americana trazerem a percepção de que o Federal Reserve poderá ser ainda mais rígido na política monetária para conter a inflação. Na última ata da reunião de política monetária dos EUA, a maioria dos membros concordaram que devem subir ainda mais os juros para tentar conter a inflação.
Além disso, a agenda política brasileira está tumultuada pelos embates de interesses diversos do governo e dos outros partidos e segue trazendo cautela para o câmbio. As notícias de que as votações do novo arcabouço fiscal e do projeto sobre julgamentos do Carf poderão ficar para agosto, após o recesso parlamentar, trouxeram desconforto para os negócios. Tanto o arcabouço quanto o projeto do Carf são considerados pelo governo fundamentais para o equilíbrio fiscal.
A perspectiva de adiamento fez o dólar renovar máximas. O dólar à vista fechou o dia ontem cotado a R$ 4,9303 para venda.
E o calendário para hoje prevê divulgação no Brasil do IGP-DI de junho, que vai ajudar a vermos o possível corte na Selic já em agosto. Nos EUA, teremos a taxa de desemprego e o payroll de junho, importante dado para tomada de decisão referente a juros pelo Fed. Na Europa, discurso de Christine Lagarde.
Ótimo final de semana e muita realização de lucros a todos.