Recentemente, nos últimos dias de negociações, o mercado mais uma vez demonstrou que a bola da vez para as preocupações estão voltadas à atividade econômica e saúde da cadeia produtiva.
Dados de emprego como o Payroll aliviaram de certa forma o aperto monetário fazendo com que se criasse certo ânimo e otimismo elevando as apostas para que o FED ao menos pule o mês de setembro para uma nova elevação na taxa de juros Norte Americana existindo ainda a possibilidade de fim dos aumentos e “apenas” manutenção do aperto de acordo com a pressão dos preços.
No entanto, ocorre que quem está puxando boa parte das atenções é a China, novamente. Dados recentes de PMI industrial, mostraram retração, abaixo de 50, Balança comercial apontou a maior preocupação com redução substanciosa tanto em volumes exportados quanto importados e PIB desacelerando 1% no acumulado anual. Pois bem, todo esse conjunto de indicadores assustaram o mercado e fez países do mundo todo sofrerem com suas paridades perante ao Dólar, T-Notes, Treasurys e Bunds alcançando máximas recentes. Podemos dizer que essa crise de confiança Chinesa azedou por enquanto o clima favorável que vínhamos tendo por aqui no Brasil.
Nos últimos meses a entrada de capital estrangeiro favoreceu fortemente nossa moeda, empresas voltadas principalmente à commodities também se deram bem em boa parte do tempo mas, o efeito da dúvida que paira no ar a respeito de se o governo Chinês voltará a entrar em ação para colocar a economia na plataforma de decolagem novamente, tem gerado grandes apreensões o que justifica a sequência de fuga de capital por aqui, abastecendo os ativos de maior segurança no mundo, os do Tesouro Norte Americanos e o próprio Dólar, nem o ouro foi o ativo mais escolhido nos últimos dias.
Por fim, esclarecido o cenário atual que mais pesou em nosso Real, vale relembrar que em um passado não muito distante, um anúncio de novo estímulo econômico Chines pode voltar a animar as economias e frear as fortes altas do Dólar. Investidores Estrangeiros se tornaram muito bem comprados em contratos futuros de Dólar alcançando posições expressivas e bem distintas das semanas anteriores. Temos que acompanhar daqui pra frente novos dados da China assim como as especulações em torno dos cortes anunciados para a nossa taxa de juros.
Colaboração: Marcos Alexandre Pinto