Bom dia, mercado do câmbio. Embora obtém o dólar à vista tenha fechado o dia praticamente estável, cotado a R$ 4,8755 para venda, o pregão teve movimentos acentuados de compra e venda. Alguns desmontes de posição fizeram inclusive a moeda norte-americana operar com cotação máxima de R$ 4,9130 pela manhã. Daí entrou o exportador e vendeu bastante.
O mercado continua em dúvida sobre os próximos passos do Federal Reserve na política monetária. Após a fala de Powell, que abriu possibilidades de novas altas de juros nos EUA, o dólar se fortaleceu. Na contra mão disso, foi o fato da China anunciar estímulos para a bolsa de lá, reduzindo pela metade um imposto sobre as negociações de ações na tentativa de impulsionar o mercado de capitais. Estímulos na China dão ânimo ao real, afinal eles são um “clientão” das nossas commodities.
As expectativas do mercado agora giram em torno de dados a sair sobre a economia americana. Por exemplo, se o payroll (sexta-feira) vier forte, podemos aumentar a possibilidade de aumento dos juros em novembro, o que seria positivo para o dólar.
Por aqui, se aproxima o prazo para o governo enviar o orçamento ao Congresso, no dia 31. A pauta fiscal visa um aumento de arrecadação para cumprir a meta de déficit zero. Sempre sobre gastar mais, poderiam gastar menos e assim não precisava aumentar a arrecadação. E por falar em aumento de impostos, o presidente Lula assinou ontem a MP que prevê cobrança de 15% a 20% sobre rendimentos de fundos exclusivos dos chamados "super-ricos" e também enviou ao Congresso projeto de lei que tributa o capital de residentes brasileiros aplicado em paraísos fiscais.
Na agenda econômica para hoje, teremos, na Zona do Euro, as projeções econômicas. Por aqui, o índice de evolução do emprego do Caged. Nos EUA, vamos acompanhar as ofertas de empregos Jolts de julho e a confiança do consumidor de agosto.
Bons negócios a todos e muito lucro!