Lá vamos nós aqui, novamente, analisar o câmbio neste último dia da semana. Ontem, o dólar à vista fechou o dia cotado a R$ 5,4966, mas durante o pregão rompeu por várias vezes a barreira de R$ 5,50, chegando a operar na máxima em R$ 5,5160, e na mínima,R$ 5,4297. Muita volatilidade.
Agora, vamos aos fatos. Os mercados emergentes em bloco têm sentido o baque do aperto monetário em economias como Estados Unidos, Reino Unido e, agora, depois de 11 anos, zona do euro. Na semana que vem teremos na quarta feira a decisão de política monetária do Fed que deve aumentar os juros nos EUA em 0,75 ou até 1 ponto. Ou seja, mais força para o dólar.
É claro que haverá alguma janela de recuperação, mas a tendência é de alta, sim. Explico aqui um dos porquês. Dentre outros motivos, o Brasil caminha para o fim do ciclo de aumento de juros, o que pode deixar o real mais vulnerável e estamos em período de acirrada disputa de eleições, o que coloca o real em posição ainda mais complicada.
Quanto ao fato de ontem a União Europeia ter aumentado a taxa de juros, inclusive, acima do que o mercado esperava (esperávamos 0,25 e subiram em 0,5 ponto), deu força para o euro. O índice DXY, que mede a variação do dólar ante seis rivais, recuou 0,16%, aos 106,910 pontos.
Para hoje, vamos acompanhar o PMI de julho nos EUA.
E, para finalizar, uma boa notícia, que vamos ver se vai acontecer mesmo, mas já há uma esperança. A Rússia e a Ucrânia assinarão um acordo hoje para reabrir os portos ucranianos do Mar Negro, segundo a Turquia. Um avanço potencial que pode aliviar a ameaça de fome enfrentada por milhões de pessoas em todo o mundo como consequência da invasão da Rússia. A interrupção dos embarques de grãos durante a guerra de cinco meses fez com que os preços subissem drasticamente em todo o mundo, e a reabertura dos portos da Ucrânia poderia evitar a fome.
Bom final de semana, turma.