- Próxima decisão do Fed pode determinar o rumo do dólar;
- Riscos globais e políticas de Trump podem fortalecer ainda mais a moeda no curto prazo;
- Resistência técnica em torno de 106,9 pode definir o próximo grande movimento do DXY.
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O índice do dólar (DXY) sustenta um cenário favorável enquanto avança para uma semana decisiva marcada pela reunião do Federal Reserve, que promete fornecer indicações importantes sobre o rumo da moeda americana.
Após um período recente de alta volatilidade, o DXY ganhou força na última semana, apoiado por dados robustos da economia dos EUA e mudanças no sentimento de risco global.
Comunicação do Fed será determinante
Embora uma redução de 25 pontos-base na taxa de juros seja amplamente esperada, o foco está na declaração do Fed e nas orientações do presidente Jerome Powell sobre a política monetária futura. Dados recentes sobre inflação subjacente e emprego destacam a resiliência da economia americana, aumentando a probabilidade de que o Fed adote uma postura rígida em relação às taxas de juros no curto prazo.
Os preços ao produtor, que têm mostrado tendência de alta nas últimas semanas, podem sinalizar uma futura elevação da inflação ao consumidor. Esse cenário reforça a expectativa de que o Fed opte por manter as taxas ou até mesmo realizar novos aumentos para conter pressões inflacionárias.
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Incertezas em torno das políticas de Trump
Um fator imprevisível que pode influenciar o desempenho do DXY é a agenda econômica de Donald Trump, que promete políticas fiscais expansivas, como cortes de impostos e investimentos em infraestrutura, que podem elevar a demanda por títulos americanos e favorecer o dólar.
Por outro lado, tais políticas podem também ampliar os riscos inflacionários. Além disso, a postura assertiva de Trump em relação ao comércio, especialmente com a China, pode aumentar os prêmios de risco nos mercados, mantendo a volatilidade elevada e sustentando a tendência de alta do dólar.
Riscos globais reforçam a força do DXY: níveis técnicos em destaque
O cenário fraco para as economias europeia e asiática também beneficia o dólar. Os sinais do Banco Central Europeu de novos cortes de juros enfraquecem o euro, impulsionando o DXY. Simultaneamente, a flexibilização da política monetária no Japão pode pressionar o iene, aumentando a atratividade do dólar.
No campo geopolítico, os EUA continuam a influenciar os mercados de energia, especialmente em meio às tensões crescentes no Oriente Médio. A volatilidade nos preços do petróleo pode gerar efeitos inflacionários que impactam a política de juros dos EUA, criando variações adicionais de curto prazo no DXY.
Análise técnica: níveis cruciais para acompanhar
No aspecto técnico, o DXY tem mostrado resiliência, mantendo-se acima do nível-chave de 105,5 após uma correção da região de 108 em novembro. Com a demanda pelo dólar permanecendo sólida, o índice recuperou o patamar de 106 na última semana e enfrenta resistência em torno de 106,9.
Um rompimento bem-sucedido acima desse nível pode abrir caminho para uma escalada rumo a 108 e, possivelmente, 110. Por outro lado, caso o índice encontre dificuldade em superar 107, há chance de recuo para 106,2 ou até mesmo para 105.
Cenário de curto prazo: Fed no centro das atenções
No curto prazo, a direção do DXY depende da mensagem do Fed após a decisão sobre as taxas. Caso a instituição mantenha o foco na preocupação com a inflação, o dólar poderá continuar se valorizando.
Adicionalmente, os dados positivos sobre o emprego nos EUA oferecem suporte adicional à moeda. As políticas de Trump e a sólida posição geopolítica americana proporcionam fatores adicionais de sustentação.
Por fim, as condições econômicas globais, especialmente na Europa e na Ásia, terão papel relevante na definição da trajetória do DXY nos próximos meses.
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AVISO: Este artigo tem fins meramente informativos e não constitui qualquer oferta ou recomenda de investimento.