Vamos fazer contas? Veja bem, turma do câmbio, aqui nossa taxa de juros deve diminuir, ainda que gradativamente. Nos EUA, a taxa de juros deve subir 0,25 pp. na próxima decisão de política monetária. Com isso, o diferencial de juros pró-Brasil diminuirá e, portanto, a atratividade para o capital estrangeiro especulativo também -- e isso aprecia o dólar.
Há quem considere que isso já está precificado. Na verdade, não está. O que está “ajudando” o real é uma demonstração de comprometimento com a área fiscal do país deste novo governo. O que por enquanto ainda está no papel e não sabemos 100% como será. Nem o arcabouço e nem a reforma tributária.
Ontem, foi dia de entender a Ata do Copom, que indicou expectativa predominante de ser possível iniciar cortes de juros já em agosto. O mercado também digeriu dados de junho do IPCA-15. Com isso, o dólar à vista encerrou o dia cotado a R$ 4,7985 para venda. Houve também um movimento de realização de lucros, uma vez que a moeda norte-americana vem de várias semanas consecutivas de perdas, rondando há dias seus níveis mais baixos em mais de um ano.
Hoje, já vamos ver uma certa agitação no mercado de câmbio, por conta do usual movimento sazonal de rolagem de contratos no final do semestre e em meio à formação da Ptax de junho, que ocorre na sexta-feira.
E, no calendário econômico, teremos, aqui no Brasil, o índice de evolução de empregos (Caged) e o fluxo cambial estrangeiro. Na Europa, discursos de vários membros do BCE. Nos EUA, balança comercial de maio e discurso de Jerome Powell.
Bons negócios e muito lucro, galera!