Bom dia, mercado do câmbio! Ontem o dólar à vista fechou o dia cotado a R$ 4,9165 para venda, segundo a Getmoney.
O dia foi de alta, até que saiu a Ata do Fomc. E como costumo ressaltar aqui, a expectativa faz mais preço do que o fato. Enquanto o mercado aguardava os sinais que viriam na Ata, que só foi divulgada às16h00 horas, houve um “chilique” e o dólar chegou a operar acima de R$ 4,94. Depois que saiu a Ata, deu uma “voltada”.
A Ata mostrou que as autoridades monetárias já estão convencidas de que a inflação está ficando sob controle, com menores riscos de picos inflacionários. Porém, segue a preocupação com os danos que uma política monetária muito restritiva pode causar à economia dos Estados Unidos. Mas continua o discurso que tudo dependerá de dados que estão ainda por vir.
Agora, hoje é calibrar a interpretação deste comunicado. Por um lado, parece que chegou a hora de iniciarem os cortes de juros por lá, o que não se sabe é quando será feito. A maior parte do mercado continua apostando em março. Daí seria ponto para o real. Mas vamos acompanhar os dados do payroll de sexta-feira para ter uma base melhor sobre esse timming.
Enquanto isso, no exterior a guerra no Oriente Médio e as tensões no Mar Vermelho trazem aversão ao risco. Ponto para o dólar! Temos também o preço elevado das commodities que traz benefícios para o real e outras divisas de países exportadores como nós. Portanto, o cenário atual do dólar é novamente desafiador. Vetores puxando para ambos os lados.
O que pode ajudar o real será a nossa política fiscal e monetária. Por aqui já estamos precificados em dois cortes de 0,5 pp na Selic e ainda assim teremos uma excelente taxa de juros se comparada aos juros dos Estados Unidos, o que trará fluxo de capital para cá e beneficiará o real. Agora, se o dólar vai chegar a R$ 4,50 ou menos, conforme o pessoal das análises de longo prazo diz, dependerá de guerras, Reforma Tributária, atingir o déficit zero, gastança desenfreada e deixarem o pessoal do Banco Central fazer seu trabalho, sem pressões políticas.
Para hoje, no calendário econômico teremos no Brasil o IPP de novembro, PMI de dezembro e o fluxo cambial estrangeiro. Nos EUA, conheceremos a ADP (variação de empregos privados), PMIs de dezembro e pedidos por seguro-desemprego.
Bons negócios a todos e muito lucro, galera!