Bom dia, mercado do câmbio. O dólar à vista fechou o dia de ontem cotado a R$ 5,3597 para venda, conforme informado pela mesa de câmbio da Getmoney.
O IPCA aqui no Brasil veio acima do esperado. O resultado foi impactado pelas enchentes no Rio Grande do Sul. Certamente o Banco Central estará atento à desancoragem das expectativas de inflação para o fim deste ano e de 2025. Nossa atual taxa de juros está em 10,5% ao ano. Para a reunião de decisão de juros no Brasil, que será na semana que vem, o BC tirou a orientação futura para os próximos encontros. Portanto, dois cenários são possíveis: manutenção dos juros ou corte de 0,25 ponto percentual. Mas vou incitar vocês a opinar sobre isso na semana que vem.
Outro tema que está no radar do mercado é quanto ao (des)compromisso do governo com as contas públicas, à medida que seguem em busca de medidas para aumentar a arrecadação federal e zerar o déficit primário neste ano. E vejam o “braço de ferro” que está rolando. Nesta terça-feira, o presidente do Congresso Nacional, senador Rodrigo Pacheco, devolveu a MP que restringe a compensação de créditos de PIS/Cofins para o presidente Lula. Ele argumentou que as alterações de regras tributárias geram grande impacto ao setor produtivo, sem cumprir a regra da noventena, que estabelece que alterações de regras tributárias só podem entrar em vigor 90 dias após serem editadas. Quero ver cumprir essa meta de déficit, vão ter que arrumar outros meios de arrecadar mais. Como tenho dito, cortar gastos não, né, governo?
Para a quarta, a decisão de política monetária é nos EUA, e o Federal Reserve deve realinhar as expectativas dos investidores sobre o futuro das taxas de juros globais. O que é sabido é que não haverá mudança de juros por lá, atualmente na faixa de 5,25% a 5,50% ao ano. Vamos ficar atentos às pistas do comunicado. Outro dado que pode mexer com a taxa de câmbio é a divulgação hoje de preços ao consumidor norte-americano. O mercado espera que a alta de maio desacelere no comparativo com abril, vamos ver…
No calendário econômico para a quarta vamos acompanhar no Brasil o crescimento do setor de serviços de abril, a confiança do consumidor de junho e o fluxo cambial estrangeiro. Na Zona do Euro teremos discursos de vários membros do BCE. Nos EUA, o IPC de maio, pela manhã. Na parte da tarde (15h de Brasília) a taxa de juros e a declaração de coletiva de imprensa do Fomc.
Bons negócios a todos e muito lucro!