Hoje teremos decisão de taxa de juros na zona do euro. Os juros brasileiros estão ainda bastante atrativos (13,75% ao ano) quando comparados às taxas do exterior. Isso tem feito com que nossa moeda se valorize e entre capital estrangeiro no país. Mesmo que o Banco Central inicie o ciclo de corte de juros já na reunião da semana que vem, ainda estaremos com um diferencial extremamente atrativo.
Ontem, o dólar à vista fechou o dia cotado a 4,8108 reais na venda, com baixa de 1,06%. Mercado reagiu a pausa na alta de juros dos EUA e à expectativa de novos cortes de juros na China. Além disso, a agência de classificação de risco S&P elevou a perspectiva para a nota de crédito do Brasil de "estável" para "positiva", e reafirmou o rating "BB-".
Conforme já esperado, o Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA) anunciou a manutenção dos juros na faixa de 5% a 5,25% ao ano, mas sinalizou em novas projeções econômicas que os custos dos empréstimos podem aumentar mais 0,5 ponto percentual até o final do ano. Tudo vai depender do comportamento do mercado de trabalho dos EUA e novos dados de inflação.
Aqui, estão no radar ainda as discussões para acelerar a votação do arcabouço fiscal no Senado e a tramitação da reforma tributária na Câmara. O mercado está gostando dos sinais de maior certeza sobre políticas fiscal e monetária estáveis, que podem beneficiar as perspectivas de crescimento econômico do país.
Estamos vendo os Investidores reduzindo posições cambiais compradas. Vamos ver se a taxa de câmbio fica mais próxima de R$ 4,80. Ontem chegou a romper essa barreira, mas não sustentou.
Calendário para hoje: teremos na Europa a decisão de taxa de juros e a balança comercial de abril. Nos EUA, sairão as vendas do varejo de maio, pedidos iniciais por seguro desemprego, atividade industrial e relatório de empregos de junho pelo Fed da Filadélfia, além da produção industrial de maio.
Por aqui no Brasil, veremos o crescimento do setor de serviços de abril.
Ótimos negócios a todos e muito lucro!