Por mais uma vez, imperou a inconstância e a imprevisibilidade dos eventos na China perante ao mercado, onde após um dia consideravelmente positivo em nível global, observadas fortes reações dos investidores ao avanço contabilizado dos casos de infecções do Coronavírus.
Os adicionais 14.840 casos, com 242 mortes foi emblemático para reverter a pretensa visão de que a situação estava sob controle, ao mesmo tempo em que a disparada no número de casos não reverte a proporção de 4,5 curados para cada falecimento, número que cresce a cada dia.
Independentemente, os temores do mercado continuam concentrados nos efeitos econômicos primeiramente na economia chinesa e depois na economia global, com a China sendo importante fornecedor global de bens intermediários e finais.
Os países asiáticos, os quais reservam maior proximidade com a China e possuem contratos de importação e exportação “mais rápidos” já emitem sinais das perdas com a ausência destes produtos e países centrais podem começar a sentir com maior intensidade em breve.
Localmente, a desancoragem do câmbio ganhou dois elementos importantes ontem com a fala da equipe econômica.
A declaração infeliz, ainda que correta do ponto de vista econômico, de Paulo Guedes ao citar empregadas domésticas viajando demonstra que não existe, ao menos ainda, preocupação das autoridades com o nível do dólar.
Campo Neto em entrevista à GloboNews reforçou tal premissa com a máxima de câmbio flutuante, principalmente pelo ainda não aparente efeito da desvalorização cambial na inflação e na atividade econômica, ainda.
Hoje, as atenções se voltam aos números do setor de serviços para 2019 e a inflação ao varejo nos EUA, porém os temores com o vírus na China já dominam a abertura dos negócios.
Atenção aos balanços de Nestlé, PepsiCo, NVIDIA, Airbus, Linde, Fidelity, Duke Energy, Zurich, Barclays, AIG, Kraft Heinz, Vivendi, Credit Suisse, Nissan, Asahi e Expedia.Localmente, BMG, BB, Grendene e Rumo.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é negativa e os futuros NY abrem em baixa, com os temores renovados do avanço do Coronavírus.
Na Ásia, dia negativo, seguindo a notícia de aumento expressivo de contaminações na China.
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas, enquanto os Treasuries operam negativos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, sem rumo, com destaque positivo ao minério de ferro, ouro e prata.
O petróleo abre em queda, por temores de menor atividade econômica.
O índice VIX de volatilidade abre em alta de 9,53%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 4,3533 / 0,52 %
Euro / Dólar : US$ 1,09 / 0,074%
Dólar / Yen : ¥ 109,70 / 0,383%
Libra / Dólar : US$ 1,30 / 0,108%
Dólar Fut. (1 m) : 4347,62 / 0,15 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 22: 4,79 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 23: 5,37 % aa (-0,92%)
DI - Janeiro 25: 6,03 % aa (-0,66%)
DI - Janeiro 27: 6,39 % aa (-0,47%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 1,1298% / 116.674 pontos
Dow Jones: 0,9396% / 29.551 pontos
Nasdaq: 0,9028% / 9.726 pontos
Nikkei: -0,14% / 23.828 pontos
Hang Seng: -0,34% / 27.730 pontos
ASX 200: 0,21% / 7.103 pontos
ABERTURA
DAX: -0,999% / 13612,45 pontos
CAC 40: -0,879% / 6051,06 pontos
FTSE: -1,464% / 7424,05 pontos
Ibov. Fut.: 1,07% / 117394,00 pontos
S&P Fut.: -0,834% / 3358,30 pontos
Nasdaq Fut.: -1,005% / 9543,00 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: -0,30% / 74,93 ptos
Petróleo WTI: -0,98% / $50,77
Petróleo Brent: -0,93% / $55,16
Ouro: 0,66% / $1.574,94
Minério de Ferro: 1,33% / $84,47
Soja: -0,17% /$ 889,25
Milho: -0,59% / $380,50
Café: 0,55% / $100,95
Açúcar: -0,25% / $15,73