Aproximação das eleições Americanas, os investidores estão cautelosos sobre a longa lista de variáveis que podem mudar o sentimento do mercado a qualquer momento.
Trump com Covid-19, temos certeza de ver mais uma onda de drama midiático e mais uma variável que não podemos controlar, digo isso no sentido de montar um planejamento operacional e como colocar essa questão na balança. Muitos participantes (nós traders) podemos sentir que estamos se afogando em notícias, com narrativas conflitantes vindas de todos os ângulos que podem impactar decisões para melhor ou pior.
Talvez a melhor forma de simplificar as coisas em meio ao caos é observar o preço do dólar.
Vou tentar explicar de forma bem simples.
Um forte movimento de alta do dólar seria talvez o sinal mais revelador de que os mercados estão caminhando para outro choque deflacionário - como vimos em março deste ano.
Desde o início da pandemia em 2020, a força ou fraqueza do dólar impulsionou os movimentos de mercado mais estruturados. Observar a volatilidade do DXY pode ajudar a compreender esse sobe e desce da moeda.
Aqui estão algumas correlações importantes do dólar que você deve acompanhar para esse final de ano:
“Dólar para cima” = menos liquidez nos mercados.
“Dólar para baixo” = mais liquidez para impulsionar os mercados.
De um modo geral, observar os dois cenários acima pode ajudar a eliminar a esmagadora quantidade de narrativas no noticiário.
Outro ponto, dólar e o ouro têm seguido de perto sua antiga correlação negativa. Nos dias em que o ouro subiu acentuadamente, o dólar ficou estável ou caiu. O oposto é verdadeiro quando o dólar faz um forte movimento de alta.
Em um cenário de “valorização do dólar”, é muito improvável que moedas de mercados emergentes tenham um bom desempenho. A “alta do dólar” recentemente foi um sinal de que a liquidez é escassa e os grandes investidores estão correndo para portos seguros. Portanto, nós participantes devemos ser cautelosos quando se trata em buscar montar posições contra o dólar.
Fazendo uma leitura com lupa desde o início do ano, vimos o dólar descendo de tijolinho e subindo de elevador. Claro, aqui devemos considerar as grandes quedas por conta de atuações do Banco Central, se não fosse isso e apenas pelo mercado teríamos um dólar em outro patamar.
Podemos concluir logicamente que, entrando neste período extremamente incerto, os investidores que buscam longos prazos devem estar cautelosos. Qualquer nova dor de barriga será motivo para corrida para liquidez, à medida que as chamadas de margem precisam ser atendidas, pode criar um dilema deflacionário que se autoalimenta uma situação em que as instituições e os corretores estão vendendo porque precisam, não porque querem.
Brasil
Não vou me alongar, pois já sabemos que o fiscal, atritos políticos entre Paulo Guedes x Rogério Marinho e Rodrigo Maia. Esses fatores e claro existem vários outros, é o risco-Brasil que precisamos sempre ficar ligados porque investidor gosta de clareza e não de bagunça.
Abertura: Estou considerando abertura para baixo próximo 5.665 podendo segurar no 5.657.
Para hoje Atenção as regiões abaixo que podem ser utilizadas como pontos de parada e correção dos preços e gerar oportunidades de entrada.
Para Cima: 5.711 | 5.726 | 5.750 |5.768 | 5.792
Para Baixo: 5.639 até 5.636 | 5.595 | 5.584 | 5.585
Exemplo: Mercado abra em queda e você não consiga pegar o movimento. Você vai correr atrás do preço? Não né! Espera o preço bater no primeiro ponto para baixo (5.639 até 5.636) faz uma entrada e tenta pegar uns pontinhos contra (alvo de 5 a 7 pontos e stop de 3,5), observa se o movimento é realmente de queda ou não e aí você procura entrar a favor da tendência.
Bons trade a todos!