A volatilidade no câmbio ontem foi surreal. A moeda americana oscilou entre R$ 5,4673 e R$ 5,3614. Mas no final dos negócios fechou cotada à vista em R$ 5,4040 na venda, com investidores realizando lucros aqui e no exterior após dias seguidos de compras e conforme se debruçaram sobre dados de inflação nos EUA acima do esperado.
O euro, que chegou a afundar a US$ 0,9998 no período da manhã de ontem, com o pânico da questão do abastecimento de gás, voltou a US$ 1,0056 no final da tarde, essa recuperação ajudou um pouco as divisas emergentes e de risco como o real.
O cenário é de inflação forte, enraizada e disseminada e a consequência é que o Federal Reserve vai subir mais os juros e o dólar ainda vai mais para cima, com risco de recessão global.
As incertezas sobre crescimento chinês e recuo das commodities elevam os riscos de curto prazo para o real. Obviamente, você que me acompanha aqui, já sabe que haverá momentos de realizações quando “respiraremos” um pouco , afinal contra fluxo não há argumento, mas que o cenário é de força para o dólar é.
Aqui sempre vale a máxima de que a reação do mercado às notícias é sempre mais importante do que a própria notícia. Antes dos dados de inflação dos EUA e da votação da PEC houve pânico, depois que a coisa “rolou” mercado dá uma acalmada. “Pero no mucho e nem por muito tempo”.
O alívio ontem por aqui no final do dia também veio devido a decisão da Câmara dos Deputados, ao analisar a PEC dos Benefícios, de rejeitar requerimento para que o Auxílio Brasil de R$ 600 tivesse duração ilimitada e estimativas da Instituição Fiscal Independente (IFI) de reversão de déficit para superávit primário em 12 meses até junho por parte do Governo Central.
E hoje? Atenção ao IPP (Índice de Preços ao Produtor) de junho nos EUA. Esse é um índice de inflação também. Além disso, serão conhecidos os números dos pedidos iniciais por seguro-desemprego e discurso de Waller, membro do Fed.
Deixo aqui meus votos de que realizem lucro, galera!!!