Tudo o que se esperava em torno da decisão na manutenção da taxa de juros americana foi concretizado na tarde de hoje (20/9) em divulgação do FED, desde o início do mês quando indicadores de PMI, Jolts, ADP, Payroll e, mais recentemente, o CPI e o IPP, vieram aumentando as apostas a favor da manutenção da taxa pelo menos este mês e possivelmente até o final do ano. No entanto, a grande dúvida que pairava no ar é em relação à até quando o mercado poderá contar com esta manutenção e não ser surpreendido com uma nova alta. Pois bem, assim como o próprio indicador, o discurso mais agressivo adotado na coletiva de imprensa de Jerome Powell também já era esperado, porém, sempre existirão ajustes e novos posicionamentos de onde os grandes fundos e instituições apontam seus canhões.
Nenhum movimento mais direcional é completo em apenas um único dia, ele pode se estender ao longo de dias, semanas ou até meses após algum importante balizador da economia ser apresentado. Neste momento, dados econômicos da China continuam com o grande potencial de alavancar os ânimos dos players, o governo por lá segue em busca de alternativas para estimular o crédito e a atividade econômica enquanto que, mais de noite neste mesmo dia, o Banco Central do Brasil também apresenta sua decisão de redução na nossa taxa de juros.
Diante de fatos que corroboram com a expectativa que havia no mundo financeiro, daqui por diante seguimos atentos a intensidade de um direcional já mais claro e as tensões que se seguem em torno do conflito Rússia x Ucrânia com líderes das principais Nações debruçados no assunto neste último encontro na Assembeéia Geral da Onu. Volto a citar o potencial deste tema por muitas vezes ignorado em causar forte estresse no mercado financeiro caso fuja ainda mais do controle. .Por aqui, seguimos elevando nossas importações russas em meio a uma tensão global sobre os combustíveis ao mesmo tempo que ocorrem tentativas de intermediar a paz.
As semanas que seguirão, devem apontar o direcional macro, a chegada crescente de capital estrangeiro se confirmará enquanto observarmos o dólar abaixo de regiões de preço em R$4892, enquanto que acima de R$4915, claramente, o estresse poderá percorrer um caminho mais longo para encontrar resistências maiores.
Colaboração: Marcos Alexandre Pinto