Feliz ano novo, galera do câmbio! E cá estou novamente para contribuir com vocês na tomada de decisão na área de câmbio no mercado brasileiro, o qual é um universo a parte dos outros indicadores.
No ano passado o dólar à vista fechou cotado a R$4,8516 para venda. A divisa norte-americana acumulou queda de 8,08% frente ao real em 2023. Um dos fatores que explica a forte desvalorização do dólar no acumulado do ano é a tentativa de passar uma imagem de melhora fiscal, para tentar aumentar a arrecadação e alcançar a meta de déficit primário zero em 2024. Quem viver, verá. Além disso, o agro e o diferencial de juros ajudaram bem nossa moeda perante o dólar.
Para hoje vamos iniciar na expectativa da Ata do Fomc (Comitê Federal de Mercado Aberto do Fed), que será divulgada amanhã nos EUA. Essa Ata é importante, pois trará pistas sobre os próximos passos da política econômica norte-americana, principalmente quanto à questão de corte de juros. Por enquanto, os investidores precificam que o início do corte de juros do Fed se dará em março.
A boa notícia para nós, exportadores de commodities, veio da China. O presidente Xi Jinping disse que consolidará e reforçará a tendência positiva da recuperação econômica no país neste ano e sustentará o desenvolvimento econômico de longo prazo com reformas mais profundas. Vamos acompanhar, afinal a China é nosso principal cliente.
A perspectiva para o real é positiva por enquanto, afinal, é o Brasil e qualquer besteira na esfera política pode desandar a previsão. A não aceleração do ritmo de afrouxamento monetário do BC, com os próximos cortes de 0,5 pp já anunciados por Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central, tende a jogar a favor do real, principalmente levando-se em conta a redução dos juros pelo Fed reservadas para este ano. O diferencial de juros entre o Brasil e as economias avançadas segue atrativo para investimentos por aqui.
No calendário econômico para hoje veremos na Europa, no Brasil e nos EUA os PMIs industriais de dezembro. Por aqui teremos ainda o boletim Focus e a balança comercial. Infelizmente seguem as guerras na Ucrânia e no Oriente médio.
Bons negócios a todos, muito lucro e que venha logo a paz mundial!