O desempenho do dólar agora depende da variação dos dados americanos.
Novos dados do calendário econômico dessa semana sobre a economia americana podem sustentar o dólar mais alto ao longo do resto do mês, uma vez que o Federal Reserve parece estar a caminho de mudar de marcha a taxa de juro ainda este ano.
Uma recuperação nos pedidos de bens duráveis dos EUA, juntamente com um aumento no índice de confiança do consumidor, pode encorajar o FOMC a normalizar a política monetária mais cedo ou mais tarde, uma vez que esse indicador insinua uma perspectiva melhor para o consumo do setor privado, um dos principais motores de crescimento.
Ao mesmo tempo, a atualização do PCE (Personal Consumption Expenditure), pode reforçar a necessidade de ajustes das Projeções Econômicas (SEP), uma vez que o Presidente Jerome Powell prevê um crescimento mais rápido dos preços para 2021. No entanto, uma queda acentuada na pesquisa ISM Manufacturing pode produzir sinais contrários para o dólar, já que o FOMC alerta para a " queda no emprego, particularmente porque a participação no mercado de trabalho não aumentou em relação às baixas taxas que prevaleceram na maior parte do ano o ano passado.”
Com isso dito, dados da economia dos EUA vão influenciar o dólar, já que o FOMC se prepara para alterar a trajetória da política monetária, e uma série de desenvolvimentos positivos podem impulsionar o dólar no restante do mês, pois coloca pressão no banco central para mudar de marcha em relação a sua próxima decisão sobre a taxa de juros em 3 de novembro.
O índice do dólar (DXY) marcou uma nova alta mensal (93,52) após a decisão da taxa de juros do (FOMC), quando o banco central definiu uma estratégia de saída provisória e sinais de crescimento mais forte, juntamente com indicações de inflação e um tom mais duro adotado por Jerome Powell. Esse contexto pode sustentar o dólar enquanto alimenta a especulação para uma mudança iminente na política do Fed.
Aqui no Brasil, os fundamentos dão pistas no curto, médio e longo prazo que devemos continuar com o real desvalorizado, mesmo com aumento da taxa Selic para 6,25% e já é como certo outro aumento de mais 100 Basis Points na próxima reunião, o que levaria a Selic para 7,25%.
A grande pergunta é se vai para 8%, 9% ou 10% e avaliar a eficácia do aumento dos juros no combate a inflação e as consequências sobre o nível de emprego e endividamento das famílias, crédito e investimento produtivo.
Bons Negócios para todos.