Bom dia, boa semana e feliz julho, galera do câmbio.
Lá vamos nós para a análise macroeconômica, com um olhar mais intenso sobre a política brasileira, para contextualizar o que estamos passando e o que vem por aí nesta semana no câmbio.
O dólar à vista fechou o mês de junho cotado a R$ 5,5883 para venda, conforme informado pela Getmoney, corretora de câmbio.
Não me venham aqui com mimimi de que eu estou torcendo contra o Brasil e que sou anti-PT, sou economista e não me parece que sou bem eu quem está torcendo contra o Brasil. Custa o digníssimo Presidente da República ficar quieto e deixar o mercado reagir à taxa de juros americana e ao risco fiscal daqui (o que já não é pouco)?
O orçamento está comprometido em 90% com as despesas obrigatórias, sobra muito pouco para o resto, e cortar gastos nem pensar. Culpa de quem? Vai dizer que é do presidente do Banco Central? Ele pelo menos está segurando a inflação com as medidas que cabem ao BC fazer, mas nem tudo é trabalho deles. A culpa é da falta de compromisso do governo atual com a economia. E somos nós quem pagamos a conta. Produtos mais caros, importados, a gasolina e outros. Neste ano a moeda norte-americana já se valorizou 15,14% ante ao real. Existe uma descrença generalizada no equilíbrio das contas públicas e o discurso de quem deveria mostrar compromisso é contrário a isso.
Para essa semana o calendário econômico no Brasil está tranquilo, nos EUA teremos feriado na quarta à tarde e na quinta o dia todo. Em dias que não temos mercado americano aberto as reações aqui ficam exarcebadas. Então já sabem, ou o Lula fica quieto ou mostra algum compromisso com o fiscal.
Se os números de emprego e salários nos EUA, que saem no final da semana, mostrarem que a economia está contraindo, teremos que o Fed pode iniciar o ciclo de corte de juros em setembro. Eu, particularmente, não aposto nisso, ainda mais com eleições em novembro por lá e com Trump sendo favorito após o último debate e contra o chair do Fed, Jerome Powell. Creio que terão cuidado em mexer com os juros por lá numa situação dessas.
No calendário econômico da segunda-feira vamos acompanhar aqui no Brasil o Boletim Focus (8h25), PMI industrial de junho (10h00) e balança comercial de junho (15h00). Na Zona do Euro teremos o PMI industrial de junho, antes do mercado abrir aqui, e discurso de Christine Lagarde, presidente do BCE (16h00). Nos EUA, o PMI industrial de junho (10h45) e gastos com construção de maio (11h00).
Bons negócios a todos, muito lucro e um maravilhoso mês de julho.