Bom dia, mercado do câmbio! Hoje já vamos ver movimentos pela Ptax de fechamento de mês, que será divulgada amanhã. Como já é conhecido por vocês, teremos volatilidade garantida com a “briga” entre comprados e vendidos. Já vimos isso ontem com o dólar ganhado força, rompendo e muito a barreira dos 5 e fechando cotado no mercado à vista para venda a R$ 5,0479. Muitas notícias deram suporte a alta do dólar. Não era para subir tanto, mas é Brasil sendo Brasil.
Na pauta dos investidores segue o receio de uma paralisação no congresso dos EUA, com os republicanos da Câmara rejeitando um projeto que financiaria as agências federais de lá até novembro. Se por acaso o Congresso não aprovar uma proposta que Biden sancione até o final de semana, a divulgação de dados econômicos norte-americanos, dentre outras coisas, serão suspensas. O impasse está sendo a vinculação da situação do fluxo de imigrantes do México através da fronteira dos EUA com a aprovação sobre o financiamento ao governo e respostas a desastres domésticos e ajuda a Ucrânia. Tá fácil, né? Só que não.
Olho nisso, uma paralisação pode prejudicar a capacidade de crédito do país e, consequentemente, traria um rebaixamento no rating da classificação dos EUA, aumentando ainda mais a dívida e os custos de empréstimos. Acho que não vão deixar chegar neste ponto. Para piorar, o presidente do Fed de Minneapolis disse ainda que o banco não finalizou o ciclo de aperto por lá e os juros podem subir ainda este ano. Mais força para o dólar.
Ontem o mercado operando acima de R$ 5,00 acionou automaticamente ordens de stop loss, com investidores reduzindo posições vendidas e muitos aproveitando para se posicionar para a Ptax de amanhã, de acordo com interesse próprio.
Aqui, Roberto Campos Neto falou que em parte a inflação vem da percepção de risco em relação à capacidade do governo de cumprir suas dívidas. E o diretor da Fitch Ratings no Brasil, Rafael Guedes, disse que o crescimento do Brasil ainda é “medíocre” e que a nova regra fiscal depende muito de receitas adicionais. Realmente muito difícil de atingir o déficit zero. Com todos esses ingredientes, não teve como segurar a taxa de câmbio.
Para hoje no calendário econômico temos na Europa o relatório mensal do BCE, com dados que servem para avaliar os juros, e também veremos as expectativas de inflação e a confiança do consumidor, serviços e indústria de setembro. No Brasil, o relatório trimestral da inflação. Nos EUA, pedidos por seguro-desemprego, PIB e vendas pendentes de moradia. Também vamos escutar discurso de Jerome Powell no final do dia.
Bons negócios a todos e muito lucro.