Bom dia, mercado do câmbio. Vamos começar o dia bem informados. Ontem à tarde o mercado recebeu a ata da última reunião de política monetária do Fed. Na ata, o Fed informou que seus membros concordaram em manter a taxa de juros na faixa de 5% a 5,25% na reunião de junho como uma forma de ganhar tempo e avaliar se seriam necessários novos aumentos, ainda que a grande maioria esperasse por mais apertos na política monetária. Quase todos os participantes observaram que em suas projeções aumentos adicionais na meta da taxa das fed funds durante 2023 seriam apropriados.
O dólar à vista fechou o dia cotado a R$ 4,8516 na venda, com alta de 0,24%. Foi a terceira sessão consecutiva de avanço da moeda norte-americana no Brasil. Quando os juros sobem nos EUA, o dólar se fortalece. O cenário mundial traz indicadores apresentando um quadro de desaceleração da atividade global, especialmente com a divulgação dos índices de gerentes de compras (PMI) do setor de serviços europeu. O tema é somado às perspectivas de continuidade de aperto monetário globalmente, o que ainda pode representar novas altas de juros por uma série de bancos centrais.
Aqui, o que está puxando a cotação é a agenda política. As pautas da tramitação da reforma tributária, do projeto que devolve ao governo o voto de desempate nas decisões do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf) e da proposta do novo arcabouço fiscal são os motivos da ansiedade dos investidores. Além disso, a perspectiva de diminuir os juros no Brasil diminui o fluxo para cá.
Vamos de calendário econômico. Nos EUA, hoje teremos pedidos por seguro-desemprego, variação de empregos provados (ADP), PMI de serviços e global. Na Europa, vendas do varejo. Aqui, seguimos acompanhando a agenda política! Será que a reforma tributária será votada hoje?
Bons negócios e muito lucro, turma!