Bom dia, mercado do câmbio! Dados de inflação nos Estados Unidos reforçam expectativas de que o ciclo de aperto monetário do Federal Reserve acabará em breve, endossando apetite a risco. Mesmo que os últimos dados de inflação não tenham afetado as perspectivas de que o Fed elevará os juros no final do mês em 0,25 ponto percentual, eles alimentaram apostas de que pode ser o último aumento de um ciclo que começou em março de 2022.
Neste cenário, o euro conseguiu quebrar a marca de US$ 1,12 ontem pela primeira vez desde março de 2022. A moeda europeia foi apoiada principalmente pelo diferencial nas perspectivas de juros americanos e europeus, enquanto a ata do Banco Central Europeu (BCE) indicou que mais aperto seria necessário adiante para controlar a inflação no bloco. Quando o processo desinflacionário ganhar força e o núcleo da inflação começar a cair, o ciclo de alta do BCE deve terminar na reunião de setembro. Vamos acompanhar.
O otimismo no mercado financeiro doméstico se deve também a uma combinação de fatores, incluindo o avanço da nova regra fiscal e da reforma tributária, além da perspectiva crescente de queda da Selic. O dólar à vista fechou o dia de ontem cotado a R$ 4,7898 para venda. Sempre que a divisa à vista dos EUA se aproximava dos 4,80 reais, importadores entravam no mercado na ponta de compra, aproveitando as cotações.
Todo o cenário atual reforça a teoria de que o Banco Central vai poder começar a cortar a Selic na próxima reunião, em agosto. Ontem vimos novas críticas feitas por Lula a Campos Neto.
No calendário econômico de hoje, teremos na Europa a balança comercial de maio. No Brasil, as vendas do varejo de maio. Nos EUA, a confiança do consumidor pelo índice Michigan.
Ótimo final de semana a todos e muito lucro, galera!