Bom dia, mercado do câmbio. A semana passada fechou com o dólar à vista cotado a R$ 5,0885 para venda.
A escalada do conflito no Oriente Médio é mais do que motivo para a valorização do dólar, mas vocês já sabem que o mercado faz o que quer e pode muito bem cair, dizendo que é, por exemplo, o fato do juros no Brasil ainda serem atrativos (carry trade), ou qualquer outra “interpretação do mercado” a dados ou discursos dos EUA. Fala sério, né? Fato é que, com a previsão de cortes nas próximas decisões de política monetária do nosso Banco Central e a manutenção de juros em patamares mais altos nos EUA, fica mais atrativo investir por lá, e com isso, o real é desvalorizado.
Na semana passada tivemos, porém, vários discursos de dirigentes do Fed ponderando que a taxa básica americana já está em nível restritivo e podem pausar as altas por enquanto. Essas falas ocasionaram a queda do dólar na semana em 1,43%. Porém, em outubro, a divisa seque ganhando 1,23% quando comparada com o fechamento da cotação de setembro.
Vamos acompanhar a guerra no Oriente Médio, que obviamente leva à valorização do petróleo e pode trazer alta na inflação mundo a fora. O efeito natural seria a busca por segurança no dólar.
No calendário econômico para hoje teremos o tradicional boletim Focus aqui no Brasil e a projeção para os principais índices econômicos. Na Europa, veremos discursos de membros do BCE. Nos EUA, atividade industrial de outubro, discurso de Harker, membro do Fomc, e balanço orçamentário do Fed de setembro.
Bons negócios a todos, muito lucro e vibremos pela paz na terra!