Bom dia, mercado do câmbio! O dólar à vista fechou o dia ontem cotado a R$ 4,9021 para venda. O mercado já considera como certo dois cortes de 0,5% na taxa Selic aqui e que o Fed não aumentará mais os juros e iniciará o ciclo de cortes em maio do ano que vem.
A preocupação do momento continua sendo o déficit fiscal. Ontem, o governo decidiu se pronunciar a respeito e projetou que fechará 2023 com déficit primário equivalente a 1,7% do PIB. Além disso, precisará aumentar em torno de R$ 1,1 bilhão o bloqueio de verbas de ministérios em 2023 para respeitar regras fiscais. Eu, particularmente, não acredito que o governo conseguirá melhorar a arrecadação para zerar o déficit primário de 2024.
O problema segue sendo a gastança desse governo. No orçamento deste ano existe um excesso de despesas de R$ 5 bilhões em relação ao limite do teto de gastos. Com receitas caindo e despesas subindo, não existe mágica que possa ajudar o Brasil. Essa incerteza fiscal impacta nas expectativas para inflação e no câmbio.
Tivemos também uma fala do Secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Guilherme Mello, dizendo que o governo trabalha para criar um seguro contra riscos cambiais, que a moeda brasileira é muito volátil e esse produto protegeria o investidor estrangeiro. Seria o que o mercado chama de hedge? Se alguém entendeu diferente disso, pode explicar nos comentários da análise.
No Oriente Médio estamos em meio a um cessar fogo para que haja a libertação de 50 reféns mantidos pelo grupo terrorista Hamas. Que essa guerra termine logo!
Para hoje, o mercado americano fechado devido ao feriado de Ação de Graças! A liquidez será reduzida.
No calendário econômico veremos na Europa os PMI industrial, de serviços e composto, além da publicação das atas de política monetária da última reunião.
Bons negócios a todos e muito lucro!