Ontem, continuou o fluxo de capital para cá. O otimismo a respeito do novo arcabouço fiscal tem dado fôlego ao real. O dólar à vista fechou o dia cotado a R$ 5,1404. Agentes financeiros têm dado o benefício da dúvida ao plano do Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para sustentar as contas públicas, com muitos argumentando que, independentemente do desenho do arcabouço, apenas a maior visibilidade fiscal já colabora para melhorar a confiança de investidores domésticos.
Ontem, Simone Tebet, ministra do Planejamento disse que o arcabouço fiscal a ser proposto pelo governo atenderá tanto à preocupação de zerar o déficit primário e estabilizar a dívida pública como ao desejo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de garantir recursos para os investimentos necessários ao crescimento do país. Parece haver sintonia entre Fazenda, Planejamento e BC para apresentar um arcabouço fiscal que seja crível.
Hoje, o mercado aguarda o relatório de emprego dos EUA (Payroll). O chair do Fed, Jerome Powell, trouxe de volta esta semana a possibilidade de uma taxa básica mais alta e incrementos mais rápidos, embora tenha dito que os novos dados econômicos antes de uma decisão de 22 de março serão determinantes.
São duas cordas puxando para lados diferentes. Por um lado, o Brasil otimista para alta do real; pelo outro, o Fed para a alta do dólar. Vamos acompanhar.
No calendário econômico para hoje, no Brasil temos o IPCA. Nos EUA, a Taxa de Desemprego, o Payroll (relatório de emprego) e o Balanço Orçamentário Federal. Na Europa, o pronunciamento de Pannetta e o discurso de McCaul, além de discurso de Christine Lagarde, presidente do BCE.
Ótimo final de semana para todos!