O real se beneficia de uma taxa de juros elevada (aqui, os 13,75% da taxa Selic), já que fica mais atraente para uso em estratégias de carry trade. Estas estratégias consistem na tomada de empréstimo em país de custos de empréstimos baixos e aplicação desse dinheiro em praça mais rentável, de forma que o investidor lucra com o diferencial de juros.
Ontem, com a divulgação da ata do Copom, o mercado gostou, apesar de ter sido uma ata dura, sinalizando compromisso do BC com a inflação, mas afagando o Ministério da Fazenda com a questão de ver boa intenção com a movimentação da reforma tributária e arcabouço fiscal. A ata, sem grandes surpresas em relação ao comunicado de política monetária e um cenário externo benigno, com redução nos temores sobre uma crise bancária global, manteve o dólar em queda frente ao real. O dólar à vista fechou o dia cotado a R$ 5,1657.
No exterior, a percepção de que a crise bancária que atingiu instituições dos Estados Unidos e da Europa foi amenizada, após a atuação de órgãos e países, aumentou o apetite por risco. Este movimento se replicou no Brasil.
Para hoje teremos aqui no Brasil o Caged, que é o índice de evolução de empregos, e o IPP de fevereiro, além do fluxo cambial estrangeiro. Nos EUA, as vendas pendentes de moradias. Na Europa, haverá discurso de Schnabel, do BCE.
E essa baixa do dólar? Vai até quando? Até algum banco novo quebrar ou até mesmo o governo criticar novamente o BC? E o arcabouço fiscal? Vai agradar?
Seguimos com essas dúvidas por aqui…
Bons negócios, turma, muito lucro e boa sorte!