Bom dia, mercado do câmbio! O dólar à vista fechou o dia ontem cotado a R$ 4,9118 para venda. Essa alta foi pontual, causada por realização de lucros após a queda da véspera. A queda de terça-feira foi causada pela elevação da nota de crédito de longo prazo do Brasil de BB- para BB (BVMF:BBAS3).
O momento no Brasil é pró-real. Nossas taxas de juros, mesmo com previsão de cortes pela frente, seguem bastante atrativas. A aprovação da Reforma Tributária mostrou que o país está tentando manter um compromisso fiscal. Não estou dizendo que a reforma é boa para o bolso do brasileiro, mas sim que “pegou bem” para o investidor estrangeiro. E ainda temos um longo caminho pela frente na seara fiscal, nos resta acompanhar.
Um indicador que pesou ontem também foi o IBC-Br, que é considerado uma prévia do PIB. Esse índice recuou 0,06% em outubro. A previsão era de aumento de 0,1%. Aqui tudo pesa mais. Quando cai, despenca; e quando sobe, é nível hard. O mercado de câmbio sendo o mercado de câmbio, e final de ano sendo final de ano. E segue a novela em torno da Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2024, que se não for aprovada antes do recesso o governo se verá amarrado a desembolsos limitados dos ministérios.
Quanto ao Fed, por enquanto as falas são no sentido de que não devem cortar juros, mas a depender como vierem os próximos dados por lá o Fomc pode iniciar o ciclo de corte ainda no primeiro semestre. Caso mostrem novo arrefecimento nas pressões de preços, os dados podem reforçar a visão do mercado de que os EUA vão reduzir os juros já no primeiro trimestre do ano que vem, perspectiva que tem favorecido moedas emergentes nas últimas semanas. Amanhã sairá importante dado de inflação, o PCE… O mercado de câmbio vai acompanhar de perto.
Seguimos com movimento bem forte de demanda por moedas estrangeiras no câmbio turismo e remessas de lucros para o exterior, que podem dar um fôlego altista para o dólar a depender inclusive da semana que vem, no fechamento da Ptax do ano, quando veremos a tradicional briga entre comprados e vendidos.
No calendário econômico para hoje vamos acompanhar no Brasil o relatório trimestral da inflação, reunião do Conselho Monetário Nacional e fluxo cambial estrangeiro. Nos EUA, o PIB trimestral, pedidos por seguro-desemprego e atividade industrial da Filadélfia.
Bons negócios a todos e muito lucro.