E vamos renovando mínimas no câmbio. Ontem, o dólar à vista fechou o dia cotado a R$ 4,7749 para venda. Por aqui, segue o otimismo no processo de queda da inflação, aceleração do crescimento, perspectiva de corte de juros e de mais controle na área fiscal.
Com nosso diferencial de juros, ainda que o Banco Central comece o processo de cortes da taxa básica Selic no futuro próximo, a taxa real no Brasil seguirá favorável à atração de investimentos. Toda esta dinâmica, de inflação mais baixa e PIB maior, aliada a um fiscal melhor que o previsto, tem trazido um fluxo grande de capital para cá. Vejam a Bolsa! O mercado segue aguardando o desfecho da reunião do Comitê de Política Monetária do BC amanhã. Não se espera mudança na atual taxa básica de juros, em 13,75% ao ano, mas há expectativa sobre o comunicado que acompanhará a decisão, e nele devem vir argumentos para cortes nas próximas decisões.
Na Europa, vários dirigentes do Banco Central Europeu (BCE) vieram a público, em geral sinalizando para mais uma alta de juros em julho, e com vários deles comentando que para setembro a questão está em aberto, a depender dos indicadores. Nos EUA, há expectativa por declarações de Powell, em dois depoimentos no Congresso. Mais adiante ainda veremos a ata da mais recente reunião de política monetária do BC dos EUA, que pode ser importante para os mercados fazerem um ajuste sobre os próximos passos do Fed.
Na política brasileira as expectativas são para a votação do texto do arcabouço fiscal no Senado. O projeto está sob revisão do Comitê de Assuntos Econômicos (CAE), que discute possíveis alterações. O presidente da casa, Rodrigo Pacheco, informou que se o CAE aprovar o projeto hoje, o tema poderá ser votado em plenário no mesmo dia. Vamos acompanhar. Definido o arcabouço, o Congresso tende a avançar com o texto final da reforma tributária, com promessas de aprovação no mês de julho.
E, no calendário econômico de hoje, vamos ter na Europa discursos de McCaul, Luís de Guindos e Enria, do BCE. Nos EUA, licenças de construção de casas novas em maio e discurso de Williams, do Fomc.
Bons negócios e muito lucro a todos!