Bom dia, mercado do câmbio. O clima segue avesso a riscos. O dólar continua sendo o porto seguro do mercado e, assim sendo, o dólar à vista fechou o dia de ontem cotado a R$ 4,9895 para venda. Até que tentou chegar nos R$5,00, mas mercado não deixou. Pelo menos ontem, não!
A eminente paralização do governo dos EUA devido a divergências quanto ao orçamento é a “bola da vez”. A agência Moody’s disse que a paralização seria negativa para o crédito. Além disso, o Fed precisa segurar os juros norte-americanos em território mais contracionista por mais tempo. Os rendimentos dos treasures de 10 anos foram impulsionados por discurso de dirigentes do Fed, que afirmam possível alta futura nos juros por lá, no próximo encontro e depois segurar os juros em patamares elevados até que a inflação mostre estar de fato em queda .
Na China, a Evergrande (OTC:EGRNY), do setor de construção, suspendeu pagamentos a credores, intensificando a onda de aversão ao risco. Por aqui, o IPCA-15 nos últimos 12 meses variou 5%. Bem acima dos 4,24% dos 12 meses anteriores, embora abaixo das expectativas dos economistas. Esse índice é considerado a prévia da inflação oficial do país. A Ata do Copom não trouxe surpresas e reafirmou que o Comitê pretende manter o ritmo de 0,5% de corte nos próximos encontros.
E para hoje? É provável que se não houver novidade no cenário macro, e nem por aqui na área fiscal, o câmbio devolva um pouco essa alta dos últimos pregões. Questão de realização e fluxo, e contra fluxo não há argumentos.
No calendário econômico para hoje vamos ter na Europa o discurso de Enria, do BCE. Nos EUA, o núcleo de pedidos de bens duráveis de agosto. No Brasil, o fluxo cambial estrangeiro.
Bons negócios e muito lucro para todos! E opinem, turma, hoje devolve os ganhos no dólar dos últimos dias, ou rompe os R$ 5,00 e segue subindo?