O dólar fechou ontem em queda de 0,79%, cotado a R$ 5,5358. Mercado reagiu à inflação dos EUA de 2021, que teve alta de 7% dentro do esperado. Dessa forma, mercado entendeu que não aumentou a pressão sobre o Fed (Federal Reserve, o Banco Central americano) para que acelere uma eventual alta de juros. A tendência é que ao final deste mês, na primeira reunião de política monetária de 2022, a autoridade deixe o terreno preparado para uma alta de juros em março. Previsão de 3 altas neste ano.
O dólar tenderia a subir com a perspectiva de aperto monetário, mas após avanços recentes, esses movimentos do Fed já foram incorporados pelos mercados.
Ontem, também foi dia de divulgação do Livro Bege, que reúne informações locais de 12 Feds regionais. O documento mostrou que houve crescimento sólido de preços a clientes, mas apontam que as altas nos preços desaceleraram um pouco do ritmo robusto visto nos últimos meses. O Livro Bege destacou ainda que o crescimento do país segue contido por problemas em cadeias e pela falta de trabalhadores.
Agenda de hoje: inflação ao produtor (IPP) e pedidos por seguro-desemprego nos EUA, discurso de membros do FOMC e, na Europa, discursos de membros do Banco Central Europeu (BCE).
Por fim, a resposta para a pergunta título: depende do quanto o mercado entender que os EUA não subirão tão rápido os juros por lá, e que a alta de juros aqui fará a função de atrair recursos. Tenho minhas dúvidas. Acho que hoje já vamos devolver um pouco desse ganho do real: ano de eleição, inflação alta e ômicron, é muita coisa para o mercado estar tão animado. Veremos…
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