Ontem foi feriado no Brasil. No mercado internacional as preocupações persistentes sobre as dificuldades para a retomada do crescimento global em meio ao aumento da inflação desestimularam negociações mais arriscadas ontem. A busca por segurança direcionou investidores para o dólar, o que fez a moeda americana atingir a maior alta em 16 meses contra uma cesta de moedas concorrentes. O fortalecimento da divisa americana se deu em meio às especulações sobre uma eventual antecipação do ciclo de alta de juros pelo Federal Reserve.
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O destaque do calendário econômico da semana serão os dados relativos às vendas no varejo de outubro dos EUA que saem hoje. A inflação dos EUA aumentou para o mais alto nível em mais de trinta anos em meio a uma crise global da cadeia de fornecimento.
Ainda falando dos Estados Unidos, ontem o presidente Joe Biden sancionou um projeto de lei de infraestrutura de 1 trilhão de dólares. A medida foi desenhada para criar empregos em todo o país com a distribuição de bilhões de dólares a governos estaduais e locais para consertar pontes e estradas em ruínas e expandir o acesso à Internet de banda larga para milhões de americanos.
Os investidores apostam que o Federal Reserve terá que aumentar as taxas de juros antes do que o hoje indicado, a fim de conter a espiral de alta da inflação.
Na Europa, a presidente do banco central Christine Lagarde disse que um aperto da política monetária agora para conter a inflação pode sufocar a recuperação da zona do euro. Com a inflação já duas vezes acima de sua meta de 2% e provavelmente aumentando ainda mais no final deste ano, o BCE está sob crescente pressão para abandonar sua política monetária ultraestimulativa e enfrentar a alta dos preços, que está corroendo o poder de compra das famílias.
A perda de impulso na China, um motor crítico para o crescimento global, está lançando uma sombra sobre o ritmo desigual com que a economia mundial se recupera da pandemia.
Não poderia deixar de falar da PEC dos Precatórios. Após a aprovação da PEC na Câmara, na semana passada, Rodrigo Pacheco (presidente do Senado) disse que o projeto deve ser votado "nos próximos dias" na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), mas não deu uma previsão de data.